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segunda-feira, 28 de março de 2022

Novos insumos ajudam a reduzir dependência de fertilizantes minerais

 Plantio direto, rotação de culturas e o uso de insumos biológicos podem ajudar a diminuir o uso de fertilizantes minerais críticos

A implementação de estratégias mais sustentáveis de manejo do solo, como o plantio direto com a rotação de culturas e o uso de novos insumos biológicos à base de resíduos orgânicos ou de microrganismos, entre outras soluções, podem ajudar a aumentar a eficiência no aproveitamento e, consequentemente, diminuir o uso de fertilizantes minerais críticos para agricultura brasileira.

É o que indicam resultados de estudos apoiados pela Fapesp e conduzidos por pesquisadores ligados a diferentes universidades e instituições de pesquisa no país.


A adoção dessas práticas pode gerar uma economia para os agricultores brasileiros da ordem de mais de US$ 20 bilhões nas próximas décadas só com a redução do uso de fertilizantes fosfatados, estima Paulo Sérgio Pavinato, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

Nos últimos dez anos, o consumo de fertilizantes fosfatados no Brasil aumentou 43,4% – e mais de 67% são importados de países do norte da África, principalmente do Marrocos.

“Manter a palha e restos da planta na superfície das lavouras entre as safras, como é feito no plantio direto, e promover a rotação de culturas, explorando o solo o tempo todo e não o deixando desnudo nunca, são formas de promover a ciclagem mais eficiente e aumentar a eficiência no aproveitamento pelas plantas de nutrientes como o fósforo”, diz Pavinato à Agência FAPESP.

De acordo com o pesquisador, fósforo – que é um dos três macronutrientes mais utilizados na adubação de lavouras no Brasil, atrás do nitrogênio e do potássio – é um dos fertilizantes minerais com menores índices de aproveitamento pelas culturas agrícolas nos solos brasileiros.

Isso porque os tipos de solos no Brasil e em outras regiões tropicais, mais argilosos, são ricos em óxidos de ferro e alumínio, que têm capacidade muito alta de se ligar quimicamente e reter fósforo. Dessa forma, grande parte desse fertilizante aplicado fica acumulado no solo em formas pouco ou não acessíveis às plantas.

“Nos últimos 20 anos, em média, a eficiência no aproveitamento do fósforo pelas plantas cultivadas no Brasil tem sido de 50%”, afirma Pavinato.

“Do total desse fertilizante adicionado na adubação, 50% são extraídos via colheita e os outros 50% restantes ficam retidos no solo. Por isso, é comum aplicar nas lavouras no país pelo menos mais do que o dobro da quantidade de fósforo de que a planta necessita”, explica.

Por meio de um projeto apoiado pela Fapesp, o pesquisador, em colaboração com colegas da Bangor University, do Reino Unido, fez um inventário do fósforo acumulado ou residual nos solos brasileiros a partir dos anos 1970, quando se começou a utilizar fertilizantes em larga escala no país e o mineral passou a ser acumulado no solo.

Os cálculos, baseados em estimativas de adições médias e de retiradas de fósforo pela absorção pelas culturas agrícolas indicaram que, desde os anos 1970, cerca de 33,4 milhões de toneladas do fertilizante foram acumuladas nos solos agrícolas brasileiros.

As áreas com maior tempo de cultivo, situadas em boa parte do Sudeste, nos Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, são as que apresentam os maiores estoques de fósforo no solo, apontaram os pesquisadores em artigo publicado na revista Scientific Reports.

“As regiões com áreas agrícolas mais novas, como as localizadas nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e, mais recentemente, no Matopiba [área considerada a nova fronteira agrícola brasileira, compreendida por porções dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], têm bem menos fósforo acumulado em função do tempo de cultivo”, diz Pavinato.

“Mas, mesmo nesses Estados, há muito mais fósforo total no solo do que em regiões do Reino Unido, por exemplo”, compara.

Por meio da rotação de culturas, com o plantio de plantas de cobertura, como braquiária ou milheto após o cultivo da soja, por exemplo, é possível não só aumentar a eficiência no uso desse fósforo estocado no solo, como também aumentar a resistência da lavoura à seca, afirma Pavinato.

Isso porque com a implantação desse sistema as raízes das plantas têm maior capacidade de explorar um volume maior do solo, explica o pesquisador.

“Os produtores com sistema de produção bem implantado, que têm feito a rotação de culturas nos últimos anos, podem passar uma safra ou mais sem precisar adubar suas lavouras porque o solo já tem uma boa reserva de nutrientes, principalmente de fósforo”, diz.

“Já os produtores que seguem o sistema de plantio convencional vão sofrer muito mais em períodos de crise de fertilizantes, como agora, porque não têm reserva no solo”, compara.

Uso de plantas de cobertura

Em um estudo em andamento, também apoiado pela FAPESP, o pesquisador e colaboradores estão avaliando o uso de plantas de cobertura, como ervilhaca, nabo forrageiro, tremoço e azevém no inverno, antes do plantio de milho, no verão, para melhorar a exploração de fósforo no solo.

Para realizar os experimentos foram aplicados durante sete anos seguidos, entre 2008 e 2015, fosfatos solúvel e natural em áreas de cultivo de milho no Paraná com rotação com essas plantas de cobertura. Após esse período, essas áreas pararam de ser adubadas.

Resultados preliminares do estudo indicaram que, nos anos posteriores e com déficit hídrico, a safra de milho nessas áreas foi duas vezes maior do que a das que não receberam adubação fosfatada.

“As plantas de cobertura que promoveram maior produtividade do milho nessas áreas fosfatadas foram a aveia preta e a azevém. Essas gramíneas têm habilidade de ciclar mais nutrientes de maneira geral. Mas é importante ressaltar que essas respostas só podem ser obtidas em longo prazo”, sublinha Pavinato.

Fertilizantes organominerais

Um fertilizante organomineral desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Solos também pode contribuir tanto para aumentar a disponibilidade de fósforo para cultivares agrícolas como também para aproveitar e gerar valor para um passivo ambiental.

Os pesquisadores da instituição desenvolveram ao longo dos últimos 11 anos um fertilizante organomineral fosfatado granulado a partir da “cama” de frango – material utilizado para forrar o piso dos galpões de granjas, composto por maravalha, palha de arroz, feno de capim e sabugo de milho triturado ou a serragem com as fezes, urina, restos de ração e penas de galinha.

Esse resíduo agrícola era usado como fonte de alimento suplementar para bovinos no Brasil, mas a utilização dele para essa finalidade passou a ser proibida no país a partir de 2004 com o surgimento do “mal da vaca louca”.

Já na agricultura, o uso desse material é consolidado, porém, sem recomendações técnicas específicas, pondera Joaquim José Frazão, professor do Instituto Federal de Roraima (IFRR).

“A falta de recomendações técnicas específicas tem causado o uso inadequado e aplicação superficial da cama de frango, com doses inadequadas, baixas respostas agronômicas e risco de contaminação do meio ambiente por nitrato, presente em grande quantidade no material”, afirma Frazão.

Uma vez que a cama de frango também apresenta teores variáveis de fósforo, os pesquisadores da Embrapa Solos, em parceria com Frazão, realizaram nos últimos anos diversos testes de misturas do material com fontes minerais a fim de enriquecê-lo com o mineral para aplicação como fertilizante.

Os resultados de testes de aplicação do fertilizante organomineral em casas de vegetação e em campo, nos municípios de Rio Verde e Goiânia, em Goiás, e em Piracicaba, no interior de São Paulo, durante o doutorado de Frazão, com Bolsa da FAPESP, indicaram que o produto tem eficiência agronômica comparável com as fontes minerais tradicionais, como o fosfato monoamônico (MAP) e o superfosfato triplo, já na primeira safra de culturas como a soja e o milho. O estudo foi publicado na revista Sustainability.

“Também observamos por meio de outros estudos que o produto tem efeito residual no solo”, afirma Frazão.

Como a liberação do fertilizante organomineral é mais lenta em comparação com as outras fontes de fósforo disponíveis, que são solúveis em água, o produto supre a demanda do macronutriente pela planta e, ao mesmo tempo, diminui os riscos de perda do mineral pelo processo de adsorção (fixação) pelos óxidos de ferro e alumínio, explica o pesquisador.

“Como os fertilizantes fosfatados tradicionais são solúveis em água, a liberação deles no solo após a aplicação é quase imediata. Já o organomineral que desenvolvemos tem liberação mais lenta e, dessa forma, é possível mantê-lo disponível no solo por mais tempo”, afirma Frazão.

De acordo com o pesquisador, a Embrapa Solos patenteou a tecnologia do processo de produção do fertilizante organomineral.

Além da cama de frango, podem ser usadas diversas outras fontes orgânicas para produzir o organomineral, como estercos de aves e bovinos e palha de arroz, ressalta Frazão.

“As respostas de eficiência agronômica do organomineral formulado com essas outras fontes, contudo, podem não ser iguais às do composto por cama de frango em razão da variação da composição química”, pondera.

Fertilizante orgânico

Outra fonte promissora para produção de fertilizante é um composto gerado a partir do lodo proveniente do tratamento do esgoto, apontam estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Ilha Solteira.

Rico em matéria orgânica e fonte de macro e micronutrientes para as plantas, como nitrogênio, fósforo, cobre, ferro, manganês e zinco, o lodo de esgoto já era apontado como um potencial subproduto para aplicação como adubo na agricultura desde a década de 1980. A preocupação com o risco de o resíduo contaminar o solo e as plantas com metais pesados, além de carregar vírus e outros microrganismos patogênicos, porém, limitou a aplicação para essa finalidade, diz Thiago Nogueira, professor da Unesp e coordenador do estudo.

“Mesmo com a comprovação do efeito benéfico do uso do lodo de esgoto na agricultura, as legislações estaduais estabeleceram critérios que dificultaram a aplicação desse resíduo urbano. Uma quantidade muito pequena desse material tem sido usada em larga escala na agricultura não só no Estado de São Paulo, como em outras regiões do país”, afirma Nogueira.

Por meio de uma parceria com uma empresa em Jundiaí, os pesquisadores começaram a fazer a compostagem do lodo de esgoto para eliminar a carga de patógenos e diminuir os teores de metais a fim de viabilizar a aplicação do composto na agricultura.

Os pesquisadores estão avaliando agora o uso do material como fonte orgânica de nutrientes para solos da região do Cerrado, que são naturalmente muito pobres em nitrogênio, fósforo, boro, manganês e zinco, em culturas como arroz, feijão, soja, milho e cana-de-açúcar.

Resultados preliminares do estudo, realizado no âmbito do mestrado da pesquisadora Adrielle Rodrigues Prates, com bolsa da FAPESP, indicaram que a aplicação do composto aumentou os teores principalmente de cobre, manganês e zinco no solo e nas folhas da cultura da soja.

“Também já observamos um aumento de 67% na produtividade da soja e efeito residual da aplicação do composto com ganhos de produtividade da cultura do milho acima da média nacional e com valores similares aos resultados obtidos somente com a aplicação de fertilizantes minerais”, afirma Nogueira.

Segundo o pesquisador, ficou claro que o composto de lodo de esgoto aumentou a disponibilidade de nutrientes no solo, especialmente nitrogênio, fósforo e alguns micronutrientes, com elevação na produtividade das culturas.

Mais recentemente, outras pesquisas estão sendo desenvolvidas para conhecer melhor a associação de doses do composto de lodo de esgoto com plantas de cobertura cultivadas sob plantio direto no Cerrado, com ênfase no monitoramento da saúde do solo, explica Nogueira.

Microrganismos solubilizadores

Além do manejo, de variedades melhoradas de plantas e de fertilizantes mais eficientes, outra estratégia que tem sido implementada para melhorar o aproveitamento de nutrientes pelas plantas é a utilização de microrganismos solubilizadores, como bactérias e fungos.

Esses microrganismos têm o potencial de explorar e ajudar as plantas a acessar o fósforo não disponível no solo, por exemplo, explica Antônio Pedro da Rocha Camargo, colaborador do Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) – um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Embrapa na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Microrganismos podem ajudar as plantas a conseguir nutrientes de várias formas. Alguns dos mais conhecidos são as micorrizas, que são fungos que se associam à raiz da planta e aumentam a superfície de absorção. Mas também há bactérias que ajudam as plantas a pegar o nutriente que está no solo de uma forma que elas normalmente não conseguem absorver, como o fósforo insolúvel”, explica.

Durante seu doutorado, realizado com bolsa da FAPESP, o pesquisador investigou microrganismos associados às plantas nos campos rupestres.

Situados na região central do Brasil, os campos rupestres têm solo extremamente pobre em fósforo, em razão das condições geológicas, e muito ácido, mas, ainda assim, apresentam alta diversidade de espécies de plantas, a maior parte delas endêmica (que ocorre exclusivamente naquela região).

“Há anos tem sido estudada a fisiologia dessas plantas com o objetivo de entender como elas crescem naquele bioma”, diz Camargo.

O pesquisador e colaboradores constataram que o solo dos campos rupestres, apesar de muito pobres, também apresenta uma grande diversidade de microrganismos associados às plantas, principalmente bactérias, que também ocorrem exclusivamente naquela região.

Ao analisar esses microrganismos, eles observaram que bactérias encontradas nas proximidades da raiz das plantas apresentam maior número de genes associados à disponibilização de fósforo.

“Vimos que várias funções associadas à disponibilização de fósforo para as plantas estão enriquecidas nessas bactérias”, afirma Camargo.

Ao comparar o genoma das bactérias dos campos rupestres com o de outras evolutivamente próximas, encontradas em outros lugares, os pesquisadores também constataram que elas possuem mais genes associados à disponibilização de fósforo para as plantas.

“Isso mostra que as funções de disponibilização de fósforo para as plantas provavelmente estão sendo selecionadas naquele ambiente. As plantas podem liberar compostos que são nutritivos para as bactérias que solubilizam fósforo para recrutá-las e, dessa forma, obter o nutriente”, explica Camargo.

O objetivo final do estudo é permitir selecionar e cultivar essas bactérias em larga escala para produzir inóculos – cultura contendo uma ou mais espécies de microrganismo para aplicação em lavouras com o objetivo de aumentar a absorção de fósforo pelas cultivares agrícolas.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Mapa registra 31 defensivos agrícolas genéricos, com quatro produtos biológicos

 

Com a publicação, 2020 soma 60 produtos de baixo impacto registrados. Esse é o maior número de registros de produtos desse perfil em um mesmo ano. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

Ato n° 55 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta quarta-feira, 23 de setembro, no Diário Oficial da União, traz o registro de 31 defensivos agrícolas formulados. A publicação divulga quais foram os produtos formulados que foram registrados e efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores.

Todos os produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. "Os novos registros são importantes pois diminuem a concentração do mercado de defensivos e aumentam a concorrência. Isso acaba resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira", explica o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, Bruno Breitenbach.

Dos produtos registrados hoje, quatro deles são compostos por microrganismos como a Beauveria bassiana, o Bacillus thuringiensis, o Metarhizium anisopliae e o vírus Spodoptera frugiperda multiplenucleopolyhedrovirus que são agente biológicos de controle de pragas que atacam os cultivos brasileiros. Os produtos poderão ser utilizados em qualquer cultura em que forem encontradas as pragas para as quais esses agentes biológicos possuem recomendação de controle. Dois desses produtos poderão ser utilizados nas produções orgânicas certificadas.

Com a publicação, 2020 soma 60 produtos de baixo impacto registrados. Esse é o maior número de registros de produtos desse perfil em um mesmo ano.

Os produtos que utilizam agentes de controle biológicos são alternativas de controle para os agricultores no combate às pragas, ao mesmo tempo que contribuem para o aumento da sustentabilidade da agricultura nacional. 

Do total de produtos registrados e divulgados hoje, alguns contém mais de um ingrediente ativo. A maioria dos ingredientes ativos registrados já têm registros nos Estados Unidos, na Europa e na Austrália. 

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Fonte: Grupo Cultivar

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Norma busca agilizar o registro de fertilizantes orgânicos e de biofertilizantes

A IN tem o objetivo de adequar e melhorar o dispositivo legal para a concessão de registros de fertilizantes orgânicos e de biofertilizantes e estabelecer procedimentos mais rápidos e eficientes
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Foi publicada nesta quarta-feira (15) a Instrução Normativa (IN) nº 61, que estabelece as regras sobre definições, exigências, especificações, garantias, tolerâncias, registro, embalagem e rotulagem dos fertilizantes orgânicos e dos biofertilizantes, destinados à agricultura.

A norma busca adequar e melhorar o dispositivo legal para a concessão de registros de fertilizantes orgânicos e de biofertilizantes e estabelecer procedimentos mais rápidos e eficientes, assim como incluir parâmetros adequados às mudanças tecnológicas dos últimos anos.

No que se refere aos registros de biofertilizantes, em função de vários produtos terem sido desenvolvidos e introduzidos nos cultivos, ressalta-se a melhoria da definição de parâmetros na legislação, como a possibilidade de declarar ácidos húmicos e fúlvicos, aminoácidos, extratos vegetais e extratos de algas, em quantidades mínimas determinadas, que garantam eficiência agronômica e melhoria no manejo para alcançar qualidade dos produtos e alimentos em que serão utilizados, trazendo benefícios para os agricultores usuários destes produtos especiais.

Além disso, a norma faz a adequação de vários padrões dos fertilizantes organominerais, tornando o instrumento legal mais adequado para registro dos produtos, além de objetividade e clareza para os consumidores destes fertilizantes.

“De acordo com informações da Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), os fertilizantes orgânicos, organominerais, biofertilizantes e fertilizantes especiais tiveram um faturamento de R$ 7,6 bilhões em 2018, compreendendo um universo de 504 empresas registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que empregam cerca de 20 mil trabalhadores diretamente”, destaca o coordenador de Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos da Secretaria de Defesa Agropecuária, Hideraldo Coelho.

Esta IN regula insumos integrantes do recém lançado Programa de Bioinsumos.

Fonte: MAPA

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Adubo Biológico auxilia produtor a enfrentar estiagem

O período de estiagem costuma ser o maior pesadelo dos agricultores, já que a seca traz prejuízos e impacta diretamente a produtividade nos cultivos. Portanto, adotar algumas estratégias durante esta época é essencial para enfrentar o problema, como o plantio de culturas adaptadas e resistentes, a rotação dessas culturas, o uso de técnicas de manejo e tecnologias.

O produtor rural Mauro Franco, proprietário da Fazenda São Benedito, localizada em Cambará-PR, por exemplo, adotou em seu manejo a aplicação do Adubo Biológico produzido com Microgeo. Para ele, é durante a estiagem que a solução expressa sua melhor versão, uma vez que as plantas se mantêm resistentes durante esse período sem chuva.

O Microgeo é um componente balanceado que nutre, regula e mantém a produção contínua do Adubo Biológico através do Processo de Compostagem Líquida Contínua (CLC). A biotecnologia, que é a única no mercado que maneja e restabelece o microbioma do solo, permite que o próprio agricultor, em sua propriedade, produza o adubo biológico adaptado a necessidade local, facilitando a produção e aplicação.

Em sua plantação de milho, Franco utiliza o Microgeo e faz uso da tecnologia desde 2012 com duas aplicações ao ano (safra de verão e de inverno). “Para nós, produtores, o Microgeo é uma ferramenta essencial, já que é responsável por promover benefícios que atuam no condicionamento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Além disso, permite que as plantas desenvolvam raízes mais profundas e que resistam melhor a pragas, doenças e ao período de estiagem”, destaca. Segundo ele, é gratificante poder contar com um produto que auxilia no seu dia a dia, garantindo maior produtividade e rentabilidade.

Além do milho, Franco trabalha em sua propriedade com  soja,  trigo e  cana-de-açúcar, e utiliza a solução em áreas destas 4 culturas. É importante ressaltar que o Microgeo pode ser utilizado em todos os tipos de cultivo, na pecuária ou no manejo de culturas florestais. Ele também pode ser aplicado via pulverização, fertirrigação, em qualquer temperatura, luminosidade ou mesmo umidade, em conjunto com defensivos químicos e biológicos, fertilizantes, insumos foliares, vinhaça, dentre outros.

Fonte: Grupo Cultivar

terça-feira, 16 de junho de 2020

Mapa registra defensivos agrícolas bioquímicos inéditos de baixa toxicidade

Dois produtos registrados foram classificados no menor grau de toxicidade existente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). – Foto: Wenderson Araujo/CNA

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta terça-feira (16/06) o registro de dois defensivos agrícolas bioquímicos inéditos. Os dois produtos foram classificados no menor grau de toxicidade existente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em 2020, já foram registrados 26 produtos biológicos.

Um dos defensivos registrados hoje, à base de Cerevisane, é um produto bioquímico derivado de um agente biológico de baixo impacto, que pode ser utilizado como indutor de resistência contra a ferrugem da soja. Outro produto, também de baixo impacto, feito de um extrato da alga Laminaria digitata, é um fungicida bioquímico que será utilizado em hortaliças (alface, tomate e cebola) e frutas (morango e uva).

Defensivos Genéricos e biológicos

Ato n° 36do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira no Diário Oficial da União, também traz o registro de 25 produtos formulados que utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. Entre eles, estão três defensivos biológicos.

O primeiro é formulado à base de Beauveria bassiana para o controle de mosca branca, moleque da bananeira, ácaro rajado e cigarrinha do milho em qualquer cultura onde essas pragas venham a ser encontradas.

Outro produto biológico registrado é à base de Chrysodeixis includens, utilizado como fungicida biológico para diversas doenças fúngicas de solo que atacam os cultivos brasileiros. Também foi registrado o produto biológico que utiliza Beauveria bassiana e Metarhizium anisoplae para o controle de percevejo marrom e cigarrinha das pastagens em qualquer cultura onde forem encontradas.

O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Sustentabilidade

Os produtos que utilizam agentes de controle biológicos ou bioquímicos na sua formulação são alternativas de controle para os agricultores no combate às pragas, ao mesmo tempo que contribuem para o aumento da sustentabilidade da agricultura nacional.

O Mapa segue comprometido em estimular o uso de produtos biológicos e microbiológicos por parte dos agricultores. Uma das ações desenvolvidas consiste na priorização das análises de produtos de baixo impacto para que aumente o número de registro desses produtos, o que gera menor concentração de mercado, preços mais competitivos e maior acesso dos agricultores aos produtos de baixo impacto.

Recentemente, também foi lançado o Programa Nacional de Bioinsumos, para incentivar a utilização de recursos biológicos na agropecuária brasileira. 

Fonte: Grupo Cultivar

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Embrapa abre inscrições para segundo curso online de produção de sementes e mudas

O curso é voltado para produtores, técnicos, estudantes, professores e demais interessados.                           

Devido ao grande número de inscrições para a primeira edição do curso online "Produção e Tecnologia de Mudas e Sementes", com mais de 1.500 interessados em fila de espera, a Embrapa Semiárido decidiu ampliar o público atendido e realizar uma segunda edição. A nova capacitação será realizada entre os dias 15 e 26 de junho. 

O curso é voltado para produtores, técnicos, estudantes, professores e demais interessados. As inscrições são gratuitas e começaram a ser feitas a partir da terça-feira, dia 9 de Junho, através do link disponível aqui

Para a pesquisadora Bárbara França Dantas, da Embrapa Semiárido, organizadora do evento, “o setor de sementes brasileiro, seja ele de grãos, hortaliças, forrageiras ou florestais, é essencial para a manutenção dos padrões de eficiência do agronegócio nacional”. Por isso a realização do curso, em que serão apresentadas as principais e mais modernas técnicas para a produção de sementes e mudas de alta qualidade.

 A programação contempla videoaulas, material bibliográfico e técnico-científico para consulta e aulas tira-dúvida online, totalizando carga horária de 60 horas. O curso é ministrado por professores e pesquisadores de renome da área de sementes e mudas, que apresentarão seus trabalhos de pesquisa e conhecimentos sobre o assunto. 

Serão abordados temas como a multidisciplinaridade da ciência e tecnologia de sementes, formação, desenvolvimento, maturação e composição química de sementes, fatores que afetam a produção, causas e métodos para superar a dormência, avaliação do desempenho germinativo, conceitos de qualidade, vigor e fatores que o afetam, patógenos transmitidos por sementes e métodos de controle, controle de insetos em sementes armazenadas, legislação sobre sementes e mudas, além do manuseio, beneficiamento e embalagem.

Fonte: Grupo Cultivar

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Programa Nacional de Bioinsumos é lançado e vai impulsionar uso de recursos biológicos na agropecuária

O foco é aproveitar o potencial da biodiversidade brasileira para reduzir a dependência dos produtores rurais em relação aos insumos importados e ampliar oferta de matéria-prima para setor

A utilização de recursos biológicos na agropecuária brasileira ganha um novo impulso a partir do lançamento nesta quarta-feira (27) do Programa Nacional de Bioinsumos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O foco é aproveitar o potencial da biodiversidade brasileira para reduzir a dependência dos produtores rurais em relação aos insumos importados e ampliar oferta de matéria-prima para setor.
O programa foi instituído pelo Decreto 10.375 e pelas Portarias 102 e 103, publicados nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União. Em cerimônia virtual, a ministra Tereza Cristina lançou o programa, acompanhada dos secretários de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo, e de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal.
>> Confira aqui o hotsite do programa
A ministra destaca que o programa nasceu de uma antiga necessidade do setor produtivo (agrícola, aquícola, florestal e pecuária) de se alinhar com práticas mais inovadoras. Ressalta que o programa possibilitará a entrada de fato da agricultura na bioeconomia e que todos os produtores, como orgânicos, convencionais e de demais segmentos, serão contemplados.
"Todos têm a ganhar, produtores de todos os tamanhos têm a ganhar. E o Brasil realmente se insere nessa política moderna de inovação tecnológica e muitos bilhões poderão ser economizados nos próximos anos", afirmou Tereza Cristina, acrescentando que 40 milhões de hectares no país já são cultivados com bactérias promotoras de crescimento de plantas, um exemplo de bioinsumo. 
Tereza Cristina disse ainda que o Plano Safra 2020/2021, a ser lançado, trará recursos para financiamento de biofábricas e custeio do setor (veja mais abaixo). Para a ministra, o programa vai reforçar a missão do Brasil de ser um provedor de produtos agropecuários e alimentos de qualidade para a população brasileira e mundial. 
>> Cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo, destaca a parceria com diversas entidades do setor agropecuário, especialmente da Embrapa, na elaboração do programa.  “Esse era um programa acalentado há muitos anos e finalmente vamos fazer essa entrega. Os bioinsumos e a bioeconomia se baseiam em um binômio: a utilização da nossa grande biodiversidade, que é a maior do mundo, e a possibilidade da redução da dependência de insumos fósseis, trabalhando então com insumos biológicos”. Segundo o secretário, estima-se, com o programa, aumentar em 13% a área agropecuária com uso de recursos biológicos. Atualmente, 10 milhões de hectares usam bioinsumos para controle de pragas.
Já o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, lembra a importância de se criar um ambiente regulatório favorável para as empresas trabalharem em pesquisa de produtos biológicos. “Esse programa vai levar a nossa agricultura a outro patamar de sustentabilidade, além de consolidar o Brasil como uma referência em agricultura tropical”.
Bioeconomia
O programa é um dos pilares da visão de bioeconomia que a pasta está desenvolvendo, visando o acesso, o desenvolvimento e o uso sustentável da rica diversidade biológica brasileira.  A proposta é contribuir para o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas, como também gerar renda, riqueza e qualidade de vida para os produtores, inseridos nos diferentes elos das cadeias produtivas do agronegócio e toda a sociedade. “O setor produtivo e o mundo clamam por mais tecnologias sustentáveis. Temos na agricultura a base da nossa economia e a bioeconomia será a grande alavanca para manter o Brasil como protagonista no agronegócio global", avalia Cléber Soares, diretor de Inovação do Mapa.
A cesta de bioinsumos é ampla e abrange desde inoculantes, promotores de crescimento de plantas, biofertilizantes, produtos para nutrição vegetal e animal, extratos vegetais, defensivos feitos a partir de micro-organismos benéficos para controle de pragas, parasitos e doenças, como fungos, bactérias e ácaros, até produtos fitoterápicos ou tecnologias que têm ativos biológicos na composição, seja para plantas e animais, como para processamento e pós-colheita.
“Esse programa nasceu a partir da demanda crescente da sociedade, em especial, de dois públicos: consumidores e também dos produtores rurais que buscam por insumos e produtos de menor impacto econômico e ambiental, que seguramente irão beneficiar todo o agro brasileiro”, avalia a coordenadora do programa de Bioinsumos do Mapa, Mariane Vidal. 
Em função dessa amplitude do conceito, esclarece Mariane, é objetivo do programa envolver não somente produtos, mas processos e tecnologias de origem biológica – animal, vegetal ou microbiana - que tragam resultados positivos no desenvolvimento e no mecanismo de resposta para esses mesmos elementos e em sustâncias derivadas. “Nossa expectativa é abarcar um grande número de processos, produtos e tecnologias para fomentar um conjunto de práticas sustentáveis relacionadas aos bioinsumos”, afirma a coordenadora.
O Programa Nacional de Bioinsumos se propõe a disponibilizar um conjunto estratégico de ações para o desenvolvimento de alternativas para a produção agrícola, pecuária e aquícola, considerando dimensões econômicas, sociais, produtivas e ambientais. Visa estimular a adoção de ativos sustentáveis baseados no uso de tecnologias, produtos e processos desenvolvidos a partir de recursos renováveis, por meio da ação integrada dos setores de ciência, tecnologia e inovação, além de o setor produtivo e o mercado.
Biodiversidade
Responsável por abrigar a maior biodiversidade do mundo, o Brasil tem condições para se tornar o maior protagonista mundial na área de ciência, tecnologia e inovação em bioinsumos. Com essa oferta abundante de matéria-prima, a meta do programa é desenvolver trabalhos em várias frentes, envolvendo produção vegetal, animal, processamento e pós-colheita. Neste contexto, está incluído também o desenvolvimento de produtos e processos para a produção aquícola.
Neste caminho, a proposta do programa governamental, elaborado em parceria com o setor produtivo, é fomentar e promover o desenvolvimento de bioinsumos, a partir de matéria-prima local e regional, gerando divisas, emprego, renda e organizando - a médio e longo prazo -  novas cadeias produtivas em todo o país.
O programa Bioinsumos foi elaborado por um grupo de trabalho formado por integrantes de diferentes secretarias da pasta e com ampla consulta ao setor produtivo. A partir dessas diretrizes, a próxima etapa é organizar o marco legal do segmento e facilitar o acesso de produtores rurais do país – sejam pequenos, médios ou grandes, orgânicos ou não -  aos diferentes insumos biológicos, incluindo os já autorizados para a produção agropecuária.
Para a coordenadora Mariane Vidal, os bioinsumos representam um novo paradigma para a agricultura brasileira e mundial. “Alimentos produzidos de forma sustentável tornam produtos desta natureza mais competitivos no mercado internacional, especialmente os europeus, compradores dos produtos agrícolas brasileiros”.
>> Depoimentos de parceiros do programa
Diretrizes
O programa deverá ser implantado em etapas e está estruturado em eixos temáticos relacionados a: produtos fitossanitários para controle de pragas e doenças de plantas; biofertilizantes; nutrição de plantas e tolerância a condições ambientais adversas; produtos veterinários e para alimentação animal, pós-colheita e processamento de origem animal e vegetal e, ainda, produção aquícola.
Outro objetivo é criar ambiente favorável para o fomento e financiamento de infraestrutura e de custeio -  por meio da oferta de crédito e de outros benefícios econômicos para o setor – e também para a inovação tecnológica em bioinsumos.
Outra ação visa propor a elaboração de normas e protocolos para a instalação de unidades produtoras de bioinsumos - as biofábricas - e discutir tratamento legal específico para otimizar os processos de registro de produtos e garantir segurança jurídica aos produtores.
Nas etapas de implementação, estão previstos ainda levantamento de dados sobre o setor; lançamento de editais de fomento a inovação; elaboração de protocolos de produção para os agricultores e um catálogo nacional de bioinsumos, entre outras ações.
Mercado
O número de defensivos biológicos registrados no Mapa tem avançado. Atualmente, são 265 produtos registrados, entre bioacaricidas, bioinsecitidas, biofungicidas e bioformicidas.
Em 2019, o mercado de biodefensivos nacional movimentou R$ 675 milhões, crescimento da ordem de 15% em relação a 2018, e acima da média estimada de crescimento internacional. Os dados são da Croplife Brasil, associação que representa as indústrias de desenvolvimento e inovação nas áreas de biotecnologia, germoplasma, defensivo químico e biodefensivo. A média global de novos produtos biológicos registrados, por ano, aumentou de três para 11 na última década.
Ainda, de acordo com a associação, em 2018, o setor realizou uma pesquisa, envolvendo usuários de biológicos em 15 estados e em 11 culturas diferentes. A conclusão foi que 96% dos pesquisados acreditam que o uso (taxa de adoção) de biodefensivos irá crescer nos próximos cinco anos.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Mapa, conta com um extenso trabalho de pesquisa dedicado ao controle biológico. São 632 pesquisadores trabalhando em 73 projetos relacionados ao tema e distribuídos em 40 unidades. Por reconhecer a importância do tema, foi constituído um portfólio de projetos específicos para o assunto de forma a fortalecer e correlacionar as iniciativas. Adicionalmente, a instituição dispõe de diversos bancos de germoplasma microbiano dedicados exclusivamente à preservação e caracterização de micro-organismos, agentes de controle biológico de pragas e promotores de crescimento de plantas. Um universo que totaliza mais de 10 mil linhagens de bactérias, fungos e vírus controladores de pragas e doenças de plantas e mais de 14 mil linhagens de micro-organismos fixadores de nutrientes e promotores de crescimento de plantas, mantidos em pelo menos sete unidades da empresa.
Foto: iStock/Mapa
O registro de um biodefensivo, no Brasil, passa por procedimentos de avaliação de eficácia e aplicação no campo avaliados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em relação ao grau de toxicidade para humanos, a análise cabe à Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a avaliação de impactos toxicológicos ao meio ambiente é de responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Vale destacar que os órgãos federais competentes pelo registro consideram especificidades e características das diferentes categorias de produtos, como as dos biodefensivos e dos produtos químicos, para estabelecer os critérios para a avaliação. Esses critérios são estabelecidos em regulamentos específicos para cada tipo de produto.
Crédito

O programa vai contar com linhas de crédito para incentivar a adoção dessas tecnologias dentro das propriedades rurais e pelas cooperativas. O fomento será feito via crédito rural nas modalidades de custeio, para aquisição de bioinsumos ou investimento para montagem de biofábricas “on farm”. As linhas para esse financiamento estão no Inovagro e, no caso dos investimentos em biofábricas, os recursos podem chegar a 30% do valor de todo o financiamento.
Para as cooperativas, as linhas de crédito é o Prodecoop para a aquisição de equipamentos para a produção dos bioinsumos. Esses recursos têm volume maior e possibilitam a ampliação da participação de produtos dessa natureza a mais agricultores. Os empreendedores, que não sejam produtores rurais ou cooperativas, podem financiar pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da linha denominada BNDES Agro, também operada por agentes financeiros.
Aplicativo 
Os produtores rurais já podem consultar pelo celular uma lista de produtos de origem biológica indicados para nutrição, controle de pragas e doenças de diversas culturas agrícolas. O aplicativo Bioinsumos coloca na palma da mão um catálogo com 580 produtos biológicos disponíveis no país destinados a combater mais de 100 pragas e plantas invasoras e ampliar a absorção de nutrientes, favorecendo o crescimento de inúmeras espécies vegetais.
A oferta dessa listagem visa favorecer a conexão entre a oferta dos produtos registrados e a demanda do setor produtivo, apoiando assim fornecedores e compradores. Desenvolvido em parceria com a Embrapa Informática Agropecuária, o app está disponível para celulares com sistema operacional Android e iOS. O aplicativo traz duas classes de bionsumos: inoculantes e controle-de pragas, que inclui insetos, fungos e ervas daninhas.
Foto: Alessandra de Carvalho Silva/Embrapa
O app traz as informações atualizadas até abril deste ano, importadas das bases de dados do Ministério da Agricultura. Foram agregados, também, conteúdos, da produção técnico-científica em controle biológico, disponíveis nas Bases de Dados da Pesquisa Agropecuária (BDPA), na Agência Embrapa de Informação Tecnológica (Ageitec) e nos Sistemas de Produção Embrapa (SPO).
Fonte: MAPA

terça-feira, 26 de maio de 2020

Lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos

O foco é aproveitar o potencial da biodiversidade brasileira para reduzir a dependência dos produtores rurais em relação aos insumos importados e ampliar oferta de matéria-prima para o setor
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- Foto: iStock/Mapa
Aministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, lança nesta quarta-feira (27) o Programa Nacional de Bioinsumos, que pretende estimular a pesquisa, a produção e o uso de produtos biológicos na agropecuária do país.
As ações visam ampliar e fortalecer o segmento de bioinsumos, ofertando ao usuário tecnologias, produtos, processos, conhecimento e informações sobre uma diversidade de insumos de base biológica aplicados no campo,desde a nutrição do solo, ao controle de pragas como em processos relacionados à pós-colheita e à agroindústria.
O foco é aproveitar o potencial da biodiversidade brasileira para reduzir a dependência dos produtores rurais em relação aos insumos importados e ampliar oferta de matéria-prima para o setor.
O lançamento será por meio de uma live, pelo canal do YouTube do Mapa. Na sequência, a ministra irá responder às perguntas de jornalistas, que devem ser enviadas por WhatsApp, pelo número: (61) 99102.1208 ou pelo e-mail: imprensa@agricultura.gov.br
Serviço:
PAUTA: Lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos
DATA:  27/05/2020 (quarta-feira)
HORÁRIO: 15h
FORMATO: LIVE pelo canal do YouTube do Mapa - bit.ly/ver-bioinsumos
ACESSO À COLETIVAbit.ly/coletiva-bioinsumos

Fonte: MAPA

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