Durante a programação serão debatidos temas desde máquinas e insumos até conectividade, passando pela tecnologia e, claro, pela irrigação. - Foto: CNA
A irrigação é destaque na programação da Agrishow Experience, a edição digital da tradicional feira do agronegócio que promete movimentar o mercado nesta semana.
A feira virtual, que ocorre até o dia 18, contará com uma série de webinários transmitidos ao vivo, com a participação dos principais nomes do setor, abordando temas desde máquinas e insumos até conectividade, passando pela tecnologia e, claro, pela irrigação.
Na quinta-feira (17/09), o diretor-presidente da Valmont, Renato Silva, estará presente na palestra sobre irrigação, moderada pelo professor sênior da UFV (Universidade Federal de Viçosa), Everardo Mantovani. Renato estará disponível para esclarecer quaisquer dúvidas apresentadas pelos internautas que acompanharem o seminário on-line.
A Valley também contará com um estande virtual durante o evento, com a apresentação de alguns produtos do portfólio da empresa, para produtores interessados em investir em soluções de irrigação.
“Em um momento de grandes desafios para o Brasil e o mundo, é muito positivo observar a capacidade do nosso setor de inovar sempre, organizando e concretizando eventos de grande porte de forma digital, possibilitando o acesso de um número enorme de pessoas ao conhecimento e às novidades do agronegócio”, comenta o diretor da Valmont.
A Agrishow Experience é um evento 100% gratuito, com foco na apresentação de tecnologias e inovações para o campo. Para conferir a programação completa e efetuar sua inscrição, acesse o site disponível aqui.
Visto como um dos custos mais altos na implementação de uma lavoura, o projeto de irrigação deve observar diversos requisitos que podem auxiliar na diminuição do valor de implementação
A agricultura irrigada, em geral, é o sonho de consumo da maioria dos agricultores, simplesmente porque pode tornar suas culturas independentes da sazonalidade e relativa imprevisibilidade das chuvas e, assim, assegurar uma produtividade compensadora. Entretanto, um impasse ocorre ao solicitar um orçamento a uma empresa especializada, pois há consenso generalizado em admitir que a irrigação represente o insumo mais oneroso aplicado na produção agrícola. Por essa razão, antes de se envolver com a possibilidade de contratação de um projeto, várias providências podem ser tomadas com o objetivo de reduzir custos fixos e variáveis, contribuindo assim para evidenciar a viabilidade econômica desse importante recurso tecnológico.
VOLUME DE ÁGUA NECESSÁRIO E VAZÃO REQUERIDA
A primeira providência que antecede um projeto de irrigação consiste em avaliar se os recursos hídricos da propriedade são satisfatórios, em termos de quantidade e qualidade, para satisfazer a demanda hídrica das culturas que serão desenvolvidas nas áreas pretendidas. Para tanto, basta executar um cálculo que, apesar de simples, requer uma estimativa responsável da demanda hídrica das culturas de interesse, para o período e o local onde a irrigação será executada. Em geral, os valores usuais adotados no dimensionamento de projetos variam entre 3mm/dia e 6mm/dia, sendo que os menores valores prevalecem nos meses com temperaturas mais baixas e menor incidência de radiação solar. Deve-se observar, entretanto, que o estádio de desenvolvimento das culturas deve ser considerado no manejo das irrigações, para racionalizar a aplicação de água, limitada pelos valores máximos de demanda previamente adotados no dimensionamento.
Assim, identificando-se um valor representativo de demanda hídrica, pode-se calcular o volume de água necessário em função da área a ser cultivada. Por exemplo, sendo a demanda hídrica da cultura (D) estimada em 4mm/d (que representa 4 litros por m2 de área cultivada por dia) e a área (A) 10 hectares, o volume de água necessário (V) será:
V = 10 × D × A = 10 × 4 × 10 = 400m3/dia
O número 10 nessa equação é apenas um fator para ajustar as unidades dimensionais utilizadas. Convém observar nesse exemplo, que cada milímetro incluído na equação corresponde a 100m3 de água por dia para uma área de apenas 10 hectares. Portanto, trata-se de um número que deve ser adotado com muito critério, pois deverá interferir em todo dimensionamento hidráulico e, consequentemente, no custo do projeto.
Em condições de escassez hídrica, existem alternativas que, mesmo admitindo dotações inferiores às necessárias, podem proporcionar produtividades satisfatórias e resultados econômicos compensadores. Essas alternativas são amplamente reconhecidas e estão identificadas por “irrigação deficitária” no contexto da agricultura irrigada.
Agora, pode-se calcular a vazão requerida (Q). Para tanto, basta fornecer o período diário de irrigação (T) em horas, e uma estimativa da eficiência de aplicação de água do sistema de irrigação a ser adotado. É importante observar que quanto maior o período diário de operação, menor será a vazão requerida, com inúmeras vantagens no dimensionamento, como a menor potência do conjunto motor e bomba hidráulica e do transformador, menor diâmetro das tubulações e acessórios ou menor perda de carga hidráulica nas tubulações e acessórios, menor capacidade dos dispositivos de segurança operacional etc. Por outro lado, a eficiência de aplicação de água, em geral, depende do sistema de irrigação considerado.
Porém, a demanda atual da sociedade por melhores desempenhos dos sistemas de irrigação praticamente não admite eficiência inferior a 80%. Esse número significa que a cada 100m3 de água aplicada, 80m3 serão aproveitados pela cultura e 20m3 serão perdidos por percolação, escoamento superficial ou evaporação, isoladamente ou em conjunto. Alguns sistemas automatizados, bem dimensionados e operados, podem atingir 85% até 90% de eficiência. Outros, negligenciados, não conseguem ultrapassar 50%. Convém salientar que não existe um sistema de irrigação ideal, capaz de operar com uma eficiência absoluta, ou seja, sem perdas de água. Em resumo, adotando-se um período operacional diário (T) de 20h e uma eficiência (E) de 80%, convertida para decimal (80/100 = 0,8) na seguinte equação, resulta: Q = V/(T × E) = 400/(20 × 0,8) = 25m3/h.
Caso o período operacional seja reduzido para 10h/dia, a vazão requerida será duplicada (50m3/h) com os inconvenientes já mencionados. A condição necessária para viabilizar a operação noturna consiste apenas em se disponibilizar dispositivos capazes de assegurar a condição operacional, que estão disponíveis a um custo relativamente reduzido.
Uma alternativa acessível em projetos de irrigação para culturas anuais consiste em se adotar uma capacidade de bombeamento inferior à demanda hídrica durante o período crítico de exigência da cultura. A proposta seria utilizar o solo como um reservatório de água disponível, cuja capacidade poderia suprir a demanda deficitária durante aquele período. Essa alternativa está graficamente representada a seguir.
Assim, por exemplo, assumindo-se que a demanda hídrica média durante o período crítico esteja avaliada em 4mm/dia e adotando-se uma capacidade de bombeamento de 3,2mm/dia (20% de redução) pode-se concluir que existe uma demanda deficitária de 0,8mm/dia. Assumindo-se que a capacidade de água disponível no solo seja 32mm, um valor característico para a maioria dos solos classificados para irrigação, pode-se afirmar que esse valor poderia complementar a demanda hídrica da cultura durante 40 dias (32mm/0,8mm/dia = 40 dias). A amplitude desse intervalo deve, necessariamente, incluir o período crítico de exigência hídrica da cultura. A condição necessária nessa proposta é a reposição da capacidade de água disponível ao solo, através de chuva ou irrigação, nos períodos antecedentes, nos quais a demanda hídrica é inferior à capacidade de bombeamento adotada no projeto.
Verificada a quantidade, resta avaliar a qualidade da água face às exigências do sistema de irrigação pretendido. Nesse caso, a exigência de melhor qualidade da água é direcionada aos sistemas de irrigação localizada, microaspersão e gotejamento, principalmente este último, em função da reduzida dimensão dos condutos existentes nos gotejadores. Nesses sistemas, a exigência de um eficiente sistema de filtragem da água é mandatória. Além disso, a presença de concentrações excessivas de sais solúveis ou águas ferruginosas também requer cuidados especiais para evitar problemas de precipitação e deposição nos gotejadores, causando sua obstrução parcial ou total, uma condição muito difícil de ser revertida, e quase sempre determinando o descarte de todo equipamento comprometido.
Os sistemas por aspersão e superfície são menos dependentes da qualidade física e biológica da água. Na maior parte das instalações, apenas um crivo instalado na entrada da tubulação de sucção pode ser suficiente para evitar que os aspersores ou orifícios e sifões sejam obstruídos, simplesmente porque apresentam orifícios com maior diâmetro.
DIMENSÕES E FORMA DA ÁREA A SER IRRIGADA
Exceto no sistema por aspersão pivô central, cuja área é total ou parcialmente circular, a maioria dos sistemas de irrigação é favorecida em áreas retangulares. Nessas áreas, tanto o dimensionamento quanto o manejo das irrigações são facilitados. Muitas vezes é aconselhável descartar formas irregulares que podem dificultar o dimensionamento, encarecer o projeto e dificultar o manejo das irrigações.
A definição das dimensões das áreas deve também considerar as características do sistema de irrigação. Assim, por exemplo, uma tubulação de PVC DN 40, especificado para esgotamento sanitário, com 37,6mm de diâmetro interno, é capaz de abastecer simultaneamente 12 aspersores espaçados de 12m, com vazão média de 500L/h, o que corresponde a 1.728m2 de área efetiva irrigada. Admitindo-se outra linha lateral abastecida pela mesma linha de derivação, totaliza-se 288m de faixa irrigada com 3.456m2. Essa alternativa diminui o número de registros no início das linhas laterais e favorece a operação do sistema. Portanto, ao explorar a capacidade de condução de água da tubulação para definir as dimensões das áreas irrigadas, sempre ocorrerá uma redução nos custos de investimento e operacionais nos projetos de irrigação.
Existem situações particulares em irrigação por superfície nas quais a forma das áreas irrigadas é determinada pela topografia do terreno, predominantemente plana. A estrutura ou tubulação responsável pela dotação de água percorre um gradiente muito reduzido ou nulo, distribuindo a água que se movimenta pela ação gravitacional na superfície do solo. Nessas condições, em geral, a água não constitui um fator limitante ao dimensionamento e manejo das irrigações.
CONSUMO DE ENERGIA
Raramente um sistema de irrigação opera sem consumir energia. Em geral, os mananciais mais utilizados, representados por reservatórios, riachos ou rios, localizam-se nas cotas mais reduzidas das propriedades, requerendo uma ação de recalque para disponibilizá-los em cotas mais elevadas nas áreas irrigadas. Alguns sistemas consomem grandes quantidades de energia, notadamente quando envolvem acentuados desníveis entre o manancial e as áreas irrigadas e operam com pressões elevadas. Nesse caso, a relação é diretamente proporcional, ou seja, quanto maior a altura manométrica requerida no bombeamento, maior será o consumo de energia.
Existem várias alternativas para reduzir o consumo de energia em irrigação. Em primeiro lugar, priorizar áreas que estejam próximas e com um pequeno desnível em relação ao manancial. A condição ideal seria localizar o recurso hídrico no centro geométrico da área irrigada. O sucesso do sistema pivô central iniciou-se quando foi possível retirar água de aquíferos subterrâneos no ponto central da área, ou ponto do pivô, para abastecer o equipamento.
Em segundo lugar, quando possível, optar por sistemas de irrigação por superfície, que não dependem de pressurização no processo de distribuição de água na área irrigada. Em seguida, considerar a opção por sistemas de irrigação localizada, principalmente o gotejamento, utilizando microtubos spaghetti como emissores pontuais. Microtubos com 1,5mm de diâmetro interno podem operar, em muitas condições, com cargas manométricas inferiores a 2m, o que poderia dispensar a pressurização por bombeamento, além de serem menos suscetíveis à obstrução que os gotejadores comerciais. Sendo aspersão, considerar a opção por aspersores com bocal único e diâmetro reduzido. Essas condições, além de reduzir a pressurização, oferecendo menor especificação na classe de pressão nominal dos tubos, diminuem a vazão nas tubulações que constituem as linhas laterais, favorecendo a redução do diâmetro e da perda de carga hidráulica, permitindo maiores comprimentos dessas tubulações.
CONDIÇÕES TOPOGRÁFICAS
A topografia da superfície desempenha um importante papel na economia e até mesmo na viabilidade de um projeto de irrigação. O aumento do gradiente topográfico acentua o rigor no dimensionamento exigindo, em sistemas pressurizados, um maior número de controladores de pressão. Em irrigação por sulcos, o aumento da declividade transversal acentua o risco de transbordamento da água, predispondo ao surgimento de processos erosivos superficiais, difíceis de serem corrigidos. Por essas razões, gradientes transversais acima de 10% praticamente inviabilizam a irrigação por sulcos.
Uma topografia desuniforme também dificulta o dimensionamento e o manejo das irrigações, encarecendo os projetos. A condição ideal seria a manutenção de gradientes topográficos reduzidos em todas as direções, caracterizando uma condição relativamente plana e uniforme.
FERTIRRIGAÇÃO
Não há justificativa para um sistema de irrigação criteriosamente dimensionado prescindir da aplicação de fertilizantes hidrossolúveis juntamente com a água. A premissa de uma distribuição de água satisfatória na área irrigada resume a condição necessária para a incorporação desses fertilizantes no processo de aplicação. A estratégia de se incorporar com frequência quantidades suficientes de fertilizantes, tornando-os prontamente disponíveis ao sistema radicular das plantas cultivadas, é um importante benefício adicional que deve ser incorporado aos projetos de irrigação.
Cabe destacar a reconhecida versatilidade de fertirrigação em sistemas de irrigação por superfície, que podem aplicar, com sucesso, até fertilizantes orgânicos, praticamente impedidos ou limitados em outros sistemas de irrigação, tornando-os então prioritários em sistemas de produção orgânica.
CONCLUSÕES
Em resumo, deve-se admitir a dificuldade em se encontrar as condições integradas que favorecem a economia dos projetos de irrigação. Assim, à medida que as condições se afastam daquelas mais favoráveis, os custos de investimento e operacionais serão inevitavelmente ampliados, justificando a opção por culturas mais valorizadas, capazes de tornar o empreendimento economicamente compensador. Em algumas situações, pode ser recomendável iniciar a irrigação nas condições mais favoráveis, objetivando acumular recursos financeiros para custear a incorporação futura das áreas com maiores restrições à agricultura irrigada.
Para o evento que acontece no formato digital, de 14 a 18 de setembro, além de disponibilizar seu portfólio completo, a empresa realizará condições especiais de pagamento e financiamento dos pivôs e equipamento
Os produtores que não perdem uma edição da Agrishow, terão a oportunidade de ver as principais tecnologias e soluções das empresas expositoras. A feira presencial que foi adiada para 2021 devido a pandemia do novo coronavírus, será substituída este ano pela Agrishow Experience. Em formato 100% digital, o evento que acontece de 14 a 18 de setembro, tem como objetivo apresentar os produtos e novidades das empresas para geração de negócios online.
A ideia é que mesmo de forma digital se reúna em única plataforma, em um mesmo ambiente, os três principais pilares que fazem de um evento físico o mais eficiente meio de geração de oportunidades: conteúdo, negócios e networking.
Apostando na força da ferramenta digital, a Lindsay América do Sul, multinacional especialista em tecnologias para sistemas de irrigação, já confirmou presença no evento. De acordo com Leandro Preuss, gerente regional de vendas, integrar a feira é fundamental para estar próximo aos produtores. “A Agrishow é o maior evento do agronegócio nacional e sempre teve grande importância para a Lindsay. Este ano, com a versão digital será algo novo, mas temos a expectativa de uma grande visitação e aceitação desse novo modelo”, cita.
Um dos destaques da empresa será o pivô 7500P Zimmatic by Lindsay. A solução ideal, sustentável e rentável para áreas de até 24 hectares. Robusto, versátil e confiável, o equipamento foi pensado para as pequenas áreas que precisam de um bom retorno do investimento e onde os custos de manutenção elevados não podem fazer parte do seu dia a dia. Com 3,20 metros de altura livre e tubulação ideal para pivôs menores, com 114 mm de diâmetro, o 7500P oferece a condição necessária para irrigar culturas mais altas como milho.
O 7500P também conta com estrutura mais leve e que beneficiará produtores de hortifrútis de culturas com alto valor agregado como cebola, alho e cenoura. O equipamento ainda tem excelente desempenho em pequenas operações de pecuária leiteira. “Com um custo mais baixo por hectare, o 7500P irá ajudar os produtores a serem mais assertivos na área irrigada minimizando os custos”, diz Preuss.
Outra grande vantagem do 7500P é que ele também tem disponível os painéis de controle Zimmatic podendo fazer o gerenciamento remoto com FieldNET by Lindsay com hardware adicional. Ou seja, o produtor terá a tecnologia de gerenciamento sem fio totalmente integrada, que possibilita a ele monitorar a irrigação de qualquer lugar, proporcionando aumento da produtividade utilizando melhor os recursos naturais.
Novos painéis
Também durante a Agrishow Experience os produtores poderão acessar e saber mais sobre a nova geração de painéis Zimmatic, recém lançada ao mercado. A novidade é composta por três modelos (712C, 700C e 500C). Segundo Bernardo Gomes Norenberg, engenheiro de aplicação da empresa, os novos painéis visam atender as necessidades de cada perfil de produtor. Eles oferecem muito mais tecnologia e facilidade. “São painéis modulares de baixa manutenção, com novo designer e de mais fácil diagnóstico”, destaca.
O painel 712C, é a versão mais completa da linha. A solução possui tela touch screen de 12 polegadas que é a maior do mercado e possui interface tão fácil e intuitiva como o FieldNET, que facilita toda a programação no pivô pelo produtor. “Esse modelo foi projetado para o cliente que prefere programar a irrigação diretamente no pivô. Com o 712C ele terá todas as informações que necessita de maneira clara e objetiva com tela semelhante à do FieldNET”, ressalta o engenheiro de aplicação.
Já a versão 700C é bem semelhante ao modelo 712C. A única diferença é que com ela caso o produtor necessite programar funções mais avançadas de controle do pivô, como por exemplo, criação de planos de irrigação avançados, ele deverá utilizar o FieldNET.
Pensando nos produtores que não precisam realizar o manejo avançado da irrigação, a Lindsay oferece o painel 500C. O produto, apesar de ser a solução de entrada da empresa, tem muito mais funções que qualquer outro modelo semelhante do mercado. Entre suas atribuições, há, por exemplo, parada e reversão automática, acionamento e desligamento da bomba e reinício automático em caso de queda de energia ou pressão.
É importante destacar que os modelos 712C e 700C também são compatíveis com a tecnologia do FieldNET Advisor by Lindsay. A solução de manejo de irrigação revolucionária e premiada, que foi projetada para simplificar e auxiliar nas decisões do produtor, recomendando quando, onde e quanto irrigar.
Com o FieldNET Advisor, basta inserir as características, datas de plantio e o tipo das culturas a serem irrigadas que o sistema combinará automaticamente esses dados com os mapas de solo, informações meteorológicas e históricos de irrigação. Em seguida, junto com o modelo de crescimento da cultura, o FieldNET Advisor irá estimar a quantidade de água disponível no solo e prever as necessidades futuras de água do campo irrigado – gerando recomendações variáveis que aliem o máximo rendimento com a economia de recursos.
Condições especiais
Haverá ainda opções exclusivas para o produtor fazer a simulação e aquisição dos equipamentos. “Temos a opção de compra via recursos próprios ou então soluções via BNDES, pela linha tradicional Moderinfra com juros de 6% a.a. Também há outras linhas de financiamentos via banco de fábrica. Temos muitas soluções financeiras para o produtor fazer seu investimento”, destaca Preuss.
Para pagamentos semestrais, a empresa preparou condições especiais válidas apenas para financiamento de equipamento (não incluso infraestrutura). Para o período de 18 meses a taxa será de 4,99% a.a., para 24 meses a taxa fica em 5,99% a.a.
Webinar sobre irrigação
Integrando a programação da Agrishow Experience, no dia 17 de setembro (quinta-feira) às 10h, acontecerá a webinar sobre irrigação com o tema: Como a irrigação pode aumentar minha rentabilidade e contribuir para a sustentabilidade no agro? A transmissão será em uma plataforma fechada da própria Agrishow para quem se cadastrar pelo site.
Um dos integrantes da discussão será Leandro Preuss, gerente regional de vendas da Lindsay. “A Webinar será uma oportunidade de os produtores conhecerem mais sobre a importância da irrigação na agricultura moderna”, finaliza Preuss.
Remotamente por meio de um smartphone, tablet ou computador, produtor com o FieldNET Advisor consegue manejar e programar facilmente os pivôs e laterais de sua propriedade.
Diante da necessidade de isolamento social nos últimos meses, devido a pandemia, muitas atividades foram paralisadas. Agora, com a retomada gradativa, aos poucos a velha rotina vai se restabelecendo, porém, ainda é preciso ter muita cautela nessa retomada de convívio. No campo não tem sido diferente, embora o trabalho – tido como essencial – não tenha parado totalmente, os produtores precisaram se readaptarem à nova realidade. Já os agricultores mais tecnificados, e que já possuíam e utilizavam o FieldNET Advisor não tiveram que alterar tanto suas rotinas, pelo menos no que diz respeito ao manejo de irrigação de suas lavouras.
Isso porque a ferramenta de gerenciamento remoto, desenvolvida pela Lindsay, multinacional especialista em tecnologias para sistemas de irrigação, é totalmente integrada à já reconhecida plataforma FieldNET, também da marca. A solução fornece informações precisas e objetivas de irrigação à distância ao produtor e ainda mostra se os pivôs estão operando como o programado, auxiliando na tomada de decisões.
De acordo com Gabriel Guarda, analista de engenharia da empresa, o FieldNET Advisor tem como um dos seus objetivos otimizar o tempo do produtor gasto para fazer o controle, o gerenciamento e agora o manejo dos sistemas de irrigação da propriedade. “Em momento de isolamento teve muito produtor, por exemplo, que mora nos grandes centros, como São Paulo, e possuem fazendas em outros estados que remotamente conseguiram acompanhar tudo que estava acontecendo no seu sistema de irrigação à distância, diminuindo até mesmo o sentimento de mãos atadas”, destaca.
O produtor que utiliza o FieldNET Advisor, tem a facilidade de poder controlar a irrigação em sua propriedade com segurança, reduzindo todos os tipos de riscos, tantos para as culturas quanto para a saúde de todos os colaboradores na fazenda, pois evita-se o deslocando. “O coronavírus quebrou o paradigma de ter que estar presente fisicamente no local o tempo todo para conseguir fazer o gerenciamento e gestão da irrigação. A ideia é ter o menor trânsito de pessoas dentro da fazenda entre os funcionários e o produtor ficar o mínimo possível no operacional e economizar tempo de deslocamento para poder focar na gestão da propriedade fazendo as melhores negociações e tomando as melhores decisões”, afirma o analista da Lindsay.
Acompanhamento remoto com qualidade
O FieldNET Advisor fornece dados precisos e simplificados para o manejo do irrigante e funciona de forma muito simples. Basta o produtor, por meio de um smartphone, tablet ou computador inserir a cultura e suas características, o tipo de solo, e as datas de plantio e o FieldNET Advisor combinará automaticamente esses dados com informações meteorológicas precisas e dados históricos de irrigação do campo.
Em seguida, por meio de modelagem, ele vai monitorar o crescimento da cultura e a profundidade das raízes. Assim verificará a quantidade de água disponível no solo para a planta e prever as necessidades futuras da lavoura, a quantidade e o momento ideal para a irrigação, visando atingir o máximo do rendimento.
A água é o bem mais essencial da vida e devemos preservá-la. Pensando na sustentabilidade e nas gerações futuras, a SLC Agrícola desenvolve ações e técnicas para usar racionalmente esse bem natural finito em suas áreas de plantação. Para isso, a empresa aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos Princípios Empresariais para Alimentos e Agricultura (PEAA), da Organização das Nações Unidas (ONU) e constantemente inova em seus processos.
A SLC Agrícola investe em sistemas ecoeficientes para a produção, além de promover inciativas de conservação e reflorestamento. Nove, das 16 fazendas, contam com viveiros de mudas de espécies do Cerrado que são doadas às prefeituras, escolas e universidades nas regiões de atuação da empresa. Além disso, a companhia promove um monitoramento por imagens de satélite que visa garantir que as áreas de reserva legal e preservação permanente sejam conservadas. O outro pilar que garante economia de água é a adoção de tecnologias que permitem uma produção mais eficiente e com menos impactos. “Atualmente, cerca 99% da área plantada da empresa não tem a necessidade de irrigação. A técnica é conhecida como agricultura de sequeiro. Isso acontece porque as fazendas de produção estão estrategicamente localizadas em regiões que possuem histórico de chuva acumulada em 1.500 milímetros por ano e bem distribuída durante a safra”, explica Álvaro Dilli, Diretor de RH e Sustentabilidade da SLC Agrícola.
Segundo Dilli, o restante das lavouras, aproximadamente 1%, que não dispõem de agricultura de sequeiro utilizam a irrigação e adotam a tecnologia do Sistema Irriga. “Com ele, os parâmetros de irrigação são definidos a partir de análises da umidade do solo em diferentes profundidades, das demandas hídricas de cada cultura e em cada fase do cultivo e da previsão de chuvas para as regiões. A adoção desse manejo promove uma economia de 30% no consumo de água, na comparação com sistemas tradicionais de irrigação”, observa.
Evolução no monitoramento climático
O acompanhamento contínuo das condições climáticas, com a adoção de tecnologias de ponta, possibilita a melhor tomada de decisão para o desenvolvimento das operações agrícolas. “Nossas fazendas possuem estações próprias, formando uma rede que disponibiliza dados em tempo real sobre o clima e permite previsões com menores riscos. Outros equipamentos digitais de medição e análise climática, como pluviômetros digitais, estão sendo instalados em fase de experimentação”, explica Tiago Agne, Gerente de Sustentabilidade da SLC Agrícola. Com essa estrutura tecnológica, a SLC Agrícola pretende mensurar e ter maior compreensão sobre a incidência de chuvas e aprimorar as decisões sobre plantio, aplicação de defensivos e fertilizantes.
Outras iniciativas para a economia e reutilização da água
Para o consumo humano e operações agrícolas, a captação nas fazendas é feita em poços artesianos. A água é reutilizada para manutenção das atividades na sede operacional. Mensalmente, a quantidade consumida é monitorada através de hidrômetros instalados nos poços.
“De acordo com as possibilidades e oportunidades de cada localidade, são estabelecidos planos para redução da captação apoiados em planos de ação e projetos de aumento de eficiência. Uma das frentes de trabalho visa o reaproveitamento da água, possibilitado em algumas fazendas por meio de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE). Nelas, o esgoto é tratado e destinado para uma lagoa de acumulação, até que esteja em condições de reuso”, aponta Paula Silvério, Coordenadora Ambiental e de Qualidade da SLC Agrícola
Além da geração de esgoto doméstico, nas unidades ocorre também a geração de efluentes industriais. Para tratar os efluentes industriais são adotados dois métodos. O primeiro deles é com o uso de caixas separadoras de óleo e água, permitindo a destinação por infiltração do efluente tratado no solo após a remoção do óleo. O segundo envolve o tratamento com ozônio e a evaporação do efluente tratado em tanques de solarização, para efluentes com defensivos. Com esses métodos, a SLC Agrícola tratou 18 mil metros cúbicos de efluentes em 2019, volume 4% maior do que no ano anterior.
Todas essas medidas práticas estão alinhadas com o Sonho Grande da SLC Agrícola, que prevê “impactar positivamente gerações futuras, sendo líder mundial em eficiência no negócio agrícola e respeito ao planeta”.
A busca constante por soluções que tragam resultados rápidos e efetivos aos produtores rurais é atualmente o maior desafio das empresas do agronegócio. Afinal, os homens e mulheres do campo precisam de maneira rentável e sustentável alimentar uma população exigente e crescente a cada dia. Mas, na mesma velocidade que a demanda aumenta no campo, as tecnológicas precisam acompanhar e evoluir.
Seguindo essa tendência, com o objetivo de disponibilizar ao produtor brasileiro o que há de mais moderno no mundo, a Lindsay, especialista em tecnologias para irrigação, acaba de firmar parceria com o AgTech Garage, um dos principais hubs de inovação do agronegócio a nível mundial e se torna a primeira empresa do segmento a compor esse seleto grupo.
Em parceria com empresas líderes nos seus segmentos, o AgTech Garage é protagonista de uma nova dinâmica da inovação no agro: uma rede aberta, colaborativa e ágil. O grande objetivo é fazer a conexão entre as empresas e as startups, tornando mutua a troca de informações e principalmente tecnologias. “Este hub reúne centenas de AG techs e a Lindsay participando, com certeza o agricultor brasileiro vai se beneficiar tendo acesso as mais modernas ferramentas e tecnologias que estão saindo no mercado”, destaca o diretor geral da Lindsay no Brasil, Eduardo Navarro.
De acordo com o executivo, essa parceria foi muito importante, pois vem ao encontro da estratégia da empresa que nos últimos anos se transforma deixando de ser apenas uma fabricante de pivôs centrais e laterais para ser uma companhia de soluções tecnológicas para a agricultura irrigada. “Estando em uma comunidade como essa é a direção para a busca de soluções para o nosso mercado. Esse é um caminho sem volta, com certeza vamos buscar não só essa, mas, também traçar outras parcerias para o futuro”, afirma Navarro.
Ainda segundo o diretor, além da preocupação de levar o que há de mais moderno em irrigação ao produtor, a Lindsay se coloca à disposição para colaborar com o desenvolvimento de mais tecnologias no agronegócio. Ou seja, a ideia é poder ajudar e contribuir na criação de demanda para essas startups que compõe o hub.
Interação nas soluções para o agro
O AgTech Garage, é um espaço físico e virtual que serve de vitrine para as startups divulgarem suas soluções. Além da possibilidade de as empresas terem acesso a essas tecnologias em primeira mão, elas também podem solicitar ajuda para desenvolver algum projeto.
Segundo Gabriel Guarda, analista de engenharia da Lindsay América do Sul, o objetivo dessa parceria é acompanhar o que há de novo no mercado e fazer relacionamentos. “Além disso, a Lindsay terá a oportunidade de propor desafios, basta abrir um chamado e as startups podem apresentar suas soluções. Essas soluções poderão ser adquiridas, desenvolvidas em parceria ou até mesmo agregadas aos nossos produtos e serviços ofertados por nossas revendas”, ressalta.
Ainda segundo Guarda, outro ponto importante em integrar o AgTech Garage é que eles dispõem de uma estrutura moderna colocada à disposição de todos os parceiros e integrantes do Hub: sala de reuniões, espaço para eventos, entre outros benefícios. “Também é válido destacar que teremos acesso ao ambiente virtual com centenas de startups e empresas parceiras, uma espécie de rede social de comunicação entre todos da comunidade. Mais uma vez a Lindsay está trazendo pioneirismo e inovação para o setor”, finaliza o gestor.
AgTech Garage
Localizada em Piracicaba, cidade considerada o “Vale do silício” da tecnologia para a agricultura, AgTech Garage promove a conexão entre grandes empresas, startups, produtores, investidores, academia, entre outros atores do ecossistema de inovação e empreendedorismo do agro. Tudo isso afim de desenvolver soluções tecnológicas que aumentem a sustentabilidade e competitividade do agronegócio brasileiro.
Atualmente o hub conta com mais de 400 startups que participam da comunidade virtual e ainda mais de 1.400 profissionais conectados na rede de inovação. Na outra ponta, o projeto já conta com 34 empresas parceiras entre multinacionais, cooperativas e revendas de todos os segmentos do agro, sendo a Lindsay a mais nova integrante desse seleto grupo.
De acordo com José Tomé, Founder e CEO do AgTech Garage, a Lindsay chega para reforçar sua rede de Partners. “Logo de início percebemos o engajamento fundamental da liderança e ficamos contagiados ao perceber a avidez por inovação e tecnologia. Satisfação ao ver uma empresa como a Lindsay, que já é líder em tecnologia, agora abraçando a inovação aberta. Isso mostra que é um movimento sem volta e somos gratos pela confiança na escolha do AgTech Garage como hub parceiro dessa jornada”, ressalta.
Ainda segundo Tomé, o papel do hub é conectar todos os atores do ecossistema em uma grande comunidade de inovação. “De forma estruturada, nossas ferramentas e programas suportam a criação de uma cultura de inovação e permitem identificar as melhores oportunidades e desenvolver modelos de parcerias vencedoras”, finaliza o CEO.
Em comemoração ao Dia do Agricultor, dois fazendeiros contam suas histórias e mostram como fazem para ter grandes produtividades nas lavouras.
O dia 28 de julho de 1960 foi muito importante para a agricultura brasileira. Afinal foi nesta data que o então presidente da república, Juscelino Kubitschek, assinou o Decreto de Lei nº 48.630, e em comemoração aos 100 anos de fundação do Ministério da Agricultura, criou o Dia do Agricultor. A data celebra até hoje a importância que estes homens e mulheres do campo possuem para o crescimento econômico do País e para a sociedade.
Segundo o último Censo Agropecuário realizado pelo IBGE, estima-se que hoje existem 5.073.324 estabelecimentos agropecuários em atividade no Brasil, e que são responsáveis por levar alimento para a mesa de toda a população brasileira e mundial. Um desses agricultores é João Augusto Bombonato, proprietário da fazenda São Caetano, localizada em Paracatu, região Noroeste do Estado de Minas Gerais.
Filho de comerciante e pecuarista, ele sempre teve o sangue agro correndo nas veias, porém, ao contrário de seu pai envolvido com a pecuária, as lavouras lhe chamavam mais a atenção que a seleção de gado. Contudo, desde os 14 anos se dedicou ao comércio no ramo de móveis, onde construiu uma sólida carreira com diversas lojas. “Tudo que eu tenho foi graças ao comércio. Porém eu vejo a agricultura como o futuro do mundo e da humanidade em geral, porque é alimento. O ser humano precisa de água e alimento e por isso nos últimos anos tenho focado nisso”, destacou.
Em 2007 ele comprou a fazenda São Caetano de 2.420 hectares (ha) onde em uma área de 1.500 ha atualmente cultiva milho, soja, sorgo e feijão. A propriedade é muito eficiente em todo seu sistema produtivo, na última safra, por exemplo, enquanto a média nacional de colheita de milho foi abaixo das 100 sacas/ha, a propriedade colheu 150 sacas/ha, um acréscimo de 50%.
Na soja não foi diferente, enquanto a média nacional girou em torno de 56 sacas/ha, a fazenda colheu 65 sacas/ha. “Esses resultados são frutos da nossa dedicação, de meu filho João Felipe e dos colaboradores, além da equipe técnica da fazenda. Também fizemos investimento em tecnologias, agricultura de precisão e maquinário de última geração”, acrescenta Bombonato.
Tecnologia na irrigação
Fazenda São Caetano, tem em seu DNA tecnologia e inovação. Um dos pilares importantes para o sucesso na produção é a eficiência no sistema de irrigação, implantando na última safra. A fazenda utiliza o FieldNET Advisor, ferramenta de manejo totalmente integrada a plataforma de gerenciamento remoto FieldNET, onde os produtores na mesma plataforma, realizam o gerenciamento dos seus equipamentos e o manejo da área irrigada.
O FieldNET Advisor fornece dados precisos e simplificados para o manejo do irrigante e funciona de forma muito simples. Basta o produtor, por meio de um smartphone, tablete ou computador inserir a cultura e suas características, o tipo de solo, e as datas de plantio e a ferramenta combinará automaticamente esses dados com informações meteorológicas precisas e dados históricos de irrigação do campo.
De acordo com o Renato Sidnei Ferreira Lima, técnico agrícola e gerente da fazenda, eles utilizam dois pivôs Zimmatic by Lindsay conectados ao FieldNET por meio do Pivot Control, os quais tem ajudado principalmente nas questões de posicionamento dos equipamentos e também na segurança da aplicação e relatórios precisos. “Tivemos uma economia grande principalmente de água, tempo e energia elétrica. Não precisamos estar no campo toda hora, pois temos o controle da lavoura na mão. O programa é muito simples e fácil, qualquer pessoa pode manusear, é muito funcional. É uma ferramenta que veio para ficar e facilita demais a tomada de decisão”, cita Lima.
Trabalho diferenciado na lavoura
A Sementes Costa Beber, localizada no pequeno município de Condor, cerca de 384 km de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, também tem se destacado em sua região por sua eficiência na produção. A propriedade também utiliza a tecnologia do FieldNET em seus 8 pivôs Zimmatic by Lindsay.
A propriedade que cultiva trigo, aveia, milho e soja, implantou a irrigação há cerca de oito anos e de lá para cá não parou mais de usar. Segundo Patrícia Costa Beber, especialista e técnica de campo da fazenda, as ferramentas de irrigação proporcionaram a chance de realizar até três safras por ano. “Na nossa estratégia colocamos os pivôs com o FieldNET Advisor nas áreas mais distantes da sede. Prezamos muito na qualidade de vida dos funcionários que ficam cuidando dessas áreas principalmente nos fins de semana. Outra vantagem dessa ferramenta é a facilidade de programar as informações e ter os dados meteorológicos e avisos de chuva”, diz a engenheira agrônoma.
Resultados com tecnologias para irrigação
Os resultados da última safra nas áreas irrigadas da Sementes Costa Beber saltam. Na colheita de soja, por exemplo, a fazenda produziu 40% a mais que nas áreas de sequeiro. No caso do cultivo de milho, os resultados foram ainda mais impressionantes. Sob os pivôs o incremento da produção foi de 82% em relação as áreas de sequeiro.
Este desempenho é fruto de um projeto de trabalho estruturado iniciado há muitos anos pela família Costa Beber e com a participação da produtora, empresária e administradora de empresas, Ana Lucia Costa Beber. Filha de produtores rurais, ela sempre teve sua história ligada ao agronegócio e a atenção de implementar de novas tecnologias e ferramentas para tornar os processos mais eficientes em todos os negócios.
Hoje, ela divide sua rotina entre a produção na fazenda e a empresa de beneficiamento e comercialização de sementes, sempre focada nas áreas administrativa e financeira. “O agronegócio para mim e para minha família é algo que está no sangue é a paixão por produzir. Ou seja, ver a transformação de uma semente em uma nova planta e sempre ter um novo ciclo que se inicia. Para isso precisamos ser eficientes e sustentáveis e as ferramentas de irrigação nos ajudou muito. Otimizamos os recursos naturais existentes, com isso no mesmo solo, com os mesmos insumos e condições conseguimos aumentar a produtividade”, destaca a empresária.
Além da preocupação com a área de administração das empresas e da fazenda Ana Lucia também é engajada no incentivo e defensora do aumento da presença da mulher no campo. “A figura feminina tem crescido muito nas propriedades, acho isso muito positivo, principalmente nas áreas mais técnicas. Toda diversidade é bem-vinda, pois se constrói visões diferentes e soluções mais adequadas. Ainda temos muitos avanços para acontecer principalmente culturais, mas quanto mais unidas e preparadas estivermos melhor será o movimento”, ressalta a produtora.
Com apenas 40 dias de irrigação artificial de luz, durante a florada e início do enchimento de grãos, já foram projetados acréscimos de 66% na produção da soja.
SUPLEMENTAÇÃO LUMINOSA
A dispersão e o desenvolvimento humano pela Terra foram essencialmente influenciados pela busca por sobrevivência, de tal forma que atualmente o homem ocupa todas as regiões do planeta.
Contudo, apesar de seu estabelecimento estar sempre condicionado à disponibilidade de alimento, nem todas as pessoas têm acesso satisfatório e adequado à alimentação. Atualmente, a população mundial está em cerca de 7,76 bilhões de pessoas (worldometers.info, 2020), e cerca de uma em cada nove pessoas no mundo não tem o suficiente para se nutrir (World Food Programme, 2019).
Responsabilidade da agricultura
Esta situação de escassez de alimento é ainda mais acentuada em diversos países africanos e do sudeste asiático. Apesar dos problemas de distribuição de alimentos serem agravados por questões políticas, por situações de conflitos e desperdícios da produção, a quantidade de alimento acaba sendo insuficiente.
Entretanto, a maior oferta de alimentos via uma maior produtividade agrícola (produção por área) poderia mitigar os problemas dessa escassez, assim como reduzir os custos de produção e do produto final para o consumidor. Essa maior produção agrícola deve, todavia, ser amparada em princípios ecológicos (sustentável) e sociais para atender, de forma justa e com equidade, a uma população crescente.
A evolução da agricultura permitiu, entretanto, aumentar de forma considerável a produção agrícola, possibilitando que mais pessoas tenham acesso a alimentos em quantidade e qualidade. Porém, os avanços consideráveis de produção agrícola sempre estiveram ligados à abertura de novas áreas, alterando de forma negativa diversos biomas por onde a agricultura passou ou se estabeleceu.
A importância da soja
A cultura agrícola da soja se destaca em área ocupada (36,8 milhões de hectares) e em quantidade de produção (122,2 milhões de toneladas) no Brasil (Conab, 2020), e esse destaque é devido a esta ser uma das mais eficientes culturas para a produção de proteína de alta qualidade e de excelente custo-benefício.
A proteína contida nos grãos de soja irá posteriormente compor rações e depois será convertida em proteína animal – este é o caminho principal da soja brasileira na China.
Produções recordes de até 149 (CESB, 2017) e 213 (UGCE, 2019) sacas de soja por hectare já foram registradas no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente. Contudo, para que tais recordes sejam atingidos, um conjunto de fatores deve ser fornecido em quantidade adequada e no momento apropriado.
Antes do planejamento dos fatores de cultivo, como a definição da genética a ser cultivada e do manejo fitossanitário, a cultura precisa ser plenamente atendida de fatores primários, como o manejo nutricional (solo), a irrigação e a disponibilidade de energia luminosa.
O não atendimento pleno de qualquer desses fatores afeta significativamente a produção final de grão, reduzindo a produtividade média (produtividade média nacional: 55,4 sc ha-1 de soja, Conab, 2020) e, consequentemente, a disponibilidade de alimento para a população.
Irrigando luz
Até recentemente, fatores como a genética, o controle de plantas infestantes, insetos, pragas e doenças, a irrigação e o manejo da nutrição mineral podiam ser manejados para elevar o teto produtivo de uma área. Contudo, o fornecimento de energia luminosa em larga escala sempre esteve na dependência da luz solar.
A luz natural varia tanto diariamente quanto conforme as estações do ano e a latitude de localização da área. Em regiões agrícolas de maiores latitudes (por exemplo, Estados Unidos e Europa), as variações sazonais de luminosidade são ainda mais expressivas, permitindo, na maioria dessas regiões, apenas uma grande safra agrícola por ano.
Foto: Adriana Mendes
Avaliando esta limitação e as soluções aplicáveis é que está sendo proposta e praticada a suplementação luminosa do cultivo agrícola por meio da instalação de painéis de iluminação artificial de alta eficiência (Light Emitting Diode) em pivôs de irrigação. Esta proposta, desenvolvida pelo Grupo Fienile®, permite não só irrigar água no sentido convencional, mas também irrigar luz sobre toda a lavoura de uma forma completamente controlável.
Esta proposta, inédita pela escala de aplicação, está gerando resultados em pivô de irrigação tradicional em propriedade no município de Monte Carmelo (MG) – primeiro pivô no mundo com irrigação de água e luz.
Com apenas 40 dias de irrigação artificial de luz durante a noite – e durante o dia em períodos nublados – durante a florada e início do enchimento de grãos já foram projetados acréscimos de aproximadamente 66% na produção da soja, indo de cerca de 71 sc ha-1 (padrão da fazenda) para até 118 sc ha-1 no tratamento onde foi adicionada a iluminação artificial ao padrão da fazenda (safra 2019/20).
Validação do trabalho
Essa produção acima do padrão tradicional também exigiu adequações no manejo da cultura, da semeadura à colheita, na quantidade e no momento de aplicação dos nutrientes essenciais e benéficos. Existe, ainda, a possibilidade de redução da aplicação de fontes minerais – geralmente salinas e degradantes da dinâmica do solo – pela aplicação de fontes mais sustentáveis, como remineralizadores e a adição de matéria orgânica, do aumento da eficiência dos fertilizantes minerais existentes e de adubações verdes visando fixação de nutrientes no solo.