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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Inovações tecnológicas e tendências que devem movimentar o agronegócio em 2022

 Sabemos que o agronegócio é um dos pilares da economia brasileira. No primeiro semestre de 2021, o PIB do setor teve um crescimento de 9,81% em relação ao mesmo período de 2020, um montante equivalente a R$ 223 bilhões - segundo apontam os cálculos realizados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Quando analisamos no detalhe, observamos ainda que a agricultura despontou em relação a pecuária, principalmente devido ao alto custo dos insumos requisitados por esse ramo.

Em um cenário de desafios, altos custos e instabilidades climáticas que exercem impactos relevantes para o setor, a tecnologia mais uma vez tem desempenhado papel importante - e até fundamental - para incrementar a produção. Por isso, abaixo destaco quatro temas que devem estar no radar do setor do agronegócio em 2022:

Agricultura de precisão

No mercado já há uma série de soluções robustas, que atendem desde o planejamento da distribuição dos insumos até a preparação da propriedade para recebê-los, o que é conhecido como agricultura de precisão.

Essa metodologia de produção não é novidade, ela se fundamenta no uso de tecnologias que visam facilitar e modernizar as propriedades rurais e possui uma gestão baseada na coleta de dados, reunindo e processando uma série de informações e características da área produtiva. Num segundo momento, há ainda o planejamento do gerenciamento, em que são fornecidas estratégias e diretrizes para melhorar a gestão dos insumos, com base em padrões e requisitos estabelecidos pelo próprio produtor - aqui podem ser aplicados diferentes sistemas e soluções, incluindo Inteligência Artificial para a análise dos dados. E, por fim, a agricultura de precisão ainda pode prever a aplicação dos insumos de forma automática e com maior rigor técnico. Tudo isso pode ser um verdadeiro impulsionador da Agricultura 4.0 no Brasil.

Tecnologia 5G

A chegada da quinta geração de rede móvel certamente causará uma das maiores transformações no campo, permitindo uma maior transmissão de dados, de forma rápida e com maior alcance. Ainda devido ao custo operacional ser mais baixo que o da tecnologia 4G, o 5G possibilita a implementação de torres de transmissão em áreas mais afastadas, proporcionando maior conectividade às propriedades rurais. Para termos a dimensão do impacto que essa tecnologia trará para o agronegócio, o Atlas do Espaço Rural Brasileiro, publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que dos 5,07 milhões de propriedades rurais, 3,64 milhões ainda operam off-line.

Ainda que a implementação do 5G ainda esteja em processo de acontecer, tendo em vista os leilões de espaço e outras condições necessárias, estudos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estimam que com a ampliação de 25% da conexão no campo, haverá um aumento de 6,3% no valor bruto da produção (VBP). Isso será possível porque o 5G melhora e impulsiona a adoção de dispositivos de IoT (Internet das Coisas), viabilizando a utilização de sensores e equipamentos para monitorar as safras e os animais; assim como ampliar o uso de drones, conectados à sistemas e softwares de processamento; e outras tecnologias complementares.

Marketplace no agro

Outra tendência que deve marcar o próximo ano é o uso do marketplace no agronegócio. Essas plataformas de venda digital se consolidaram bastante nos últimos meses, principalmente durante a pandemia, facilitando a comercialização de diversos produtos online, de forma rápida e dinâmica. Para o agronegócio, não é diferente.

Os marketplaces agrícolas conectam produtores rurais a distribuidores e compradores de produtos específicos, potencializando as vendas e o escoamento da produção rural. Esse tipo de venda digital também permite o crescimento de alcance dos pequenos produtores rurais, viabilizando a inserção deles em um grande cenário de maior exposição, maiores negociações e com baixo custo de operacionalização.

Agenda ESG

Pauta importante em diversos setores da economia, a agenda ESG ganha destaque no agronegócio. Dentre os vieses da sustentabilidade, a preocupação com os gases do efeito estufa ganha um novo patamar com o crédito de carbono. Os créditos de carbono têm servido como moeda para os negócios, potencializando um mercado multimilionário àqueles players que ainda não conseguiram diminuir seu impacto na emissão de gases.

O mercado de crédito de carbono ainda precisa ter regras mais claras, mas isso deve ser resolvido em breve, pois já há países o abordando como uma "nova commodity" global. Segundo um levantamento da Bayer, a área ocupada pela agropecuária no Brasil é responsável por 500 milhões de toneladas de carbono equivalente (tCO2eq) que, convertidos em dinheiro, correspondem a US﹩5 bilhões. Nesse cenário, pesquisas e aplicação de tecnologias servem de base para a substituição e o aprimoramento de técnicas de cultivo e agropecuária, a fim de reduzir o uso de combustíveis e biomassas não-renováveis por biomassas renováveis.

As previsões e projeções para o agronegócio no próximo ano são várias, mas o fato é que ele deve se manter como uma grande força motriz da economia nacional. Tendo isso em mente, vale ficar ligado em estudos, tendências e inovações que estão sendo inclusive incentivados por iniciativas públicas e privadas, assim como os investimentos feitos em tecnologias e soluções. Os recursos e a tecnologia estão aí para apoiar o avanço do Brasil na jornada da Agricultura 4.0.

Fonte: Grupo Cultivar 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Transformação digital contribui para gestão no campo

 

Tecnologias também apoiam do planejamento à comercialização da safra. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

A Companhia Nacional de Abastecimento divulgou o primeiro levantamento da Safra 2020/21. A entidade estima que cerca de 268,7 milhões de toneladas de grãos serão colhidos, 11 milhões a mais que a última safra. O estudo aponta também o aumento da área cultivada, a expectativa é que cerca de 66,8 milhões de hectares sejam plantados neste ano, cerca de 879 mil hectares a mais que a última safra.  

Um dos fatores que contribui para o alcance destes números é a transformação digital no campo. Produtores rurais investem cada vez mais na agricultura digital, que promove inovação no agronegócio, com tecnologias que elevam a produtividade e proporcionam um maior controle sobre a gestão e produção de cultivos, quase que em tempo real.  

Tecnologias apoiam do planejamento à comercialização da safra  

A transformação digital pode ser aplicada em todas as etapas da cadeia agrícola e no campo ela vem sendo um grande apoio para um melhor gerenciamento de fazendas. O produtor rural quer crescer de acordo com as expectativas da Conab e para isso ele busca soluções tecnológicas que o apoiam no planejamento agrícola, gestão financeira e controle de custos. O agricultor está buscando controle operacional da sua fazenda em softwares, desenvolvidos exclusivamente para o agronegócio e que levam tecnologia ao campo.  

O Grupo Siagri, empresa que desenvolve tecnologia para o campo. Os softwares da companhia gerenciam mais de 1,7 milhão de hectares no Brasil e o diretor de serviços da empresa, Eduardo Purcena, avalia que os mais de 40 mil usuários podem ter ganhos efetivos, como a otimização de processos e fácil acesso a indicadores estratégicos. A solução permite que o produtor rural controle desde a compra de insumos até a comercialização dos grãos colhidos.  

“A transformação digital foi capaz de levar ao campo controle administrativo e operacional da fazenda, que é um negócio importante e precisa de uma gestão completa. O agricultor além de rentabilidade quer também controle fiscal, financeiro e conformidade com as legislações como o Livro Caixa do Produtor Rural. Graças a inovação tecnológica, as empresas como o Grupo Siagri vêm proporcionando isso ao produtor rural”, avalia Purcena.   

Transformação digital: monitoramento em tempo real  

Além do controle operacional da fazenda, a transformação digital é uma importante aliada no monitoramento da propriedade rural. Eduardo Purcena conta que o acompanhamento da lavoura pode ser um desafio para o agricultor e graças a tecnologia ele vem sendo superado. “O ERP do Grupo Siagri destinado à gestão de fazendas permite que o produtor rural acompanhe em tempo real o andamento dos seus cultivos. Por talhão, o agricultor consegue visualizar as aplicações feitas na lavoura. Isso ajuda no controle dos insumos e na tomada de decisões na fazenda.

Fonte: Grupo Cultivar

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Importância da lubrificação das correntes de máquinas e implementos agrícolas

 

Manter as correntes de máquinas e implementos agrícolas lubrificadas é uma necessidade e, muitas vezes, também um desafio.

A manutenção das correntes de acionamento em equipamentos móveis e industriais constitui um particular desafio em face da severidade da condição de serviço a que estes elementos de máquinas são expostos. Os ambientes em que as correntes operam podem ser extremamente poeirentos e úmidos e a força centrífuga a que são submetidas torna extremamente difícil a sua lubrificação.

Antes de abordar as diferentes formas de lubrificação de correntes, nunca é demais mencionar que a lubrificação de correntes com graxa é um método que deve ser evitado devido à ineficácia.

Um dos métodos mais usuais de se lubrificar correntes é manualmente e utilizando-se pincel, brocha ou almotolia. Estes métodos de lubrificação, porém, não são dos mais satisfatórios, pois os intervalos podem ser muito espaçados e irregulares. Além disso, os pinos e as buchas não são lubrificados de forma eficiente e a limpeza (remoção de material particulado sólido abrasivo) é deficiente. Mas existem diversas alternativas à lubrificação manual de correntes de maquinários móveis ou industriais por pincel, brocha ou almotolia, como veremos a seguir.

COPO CONTA-GOTAS

O método de lubrificar com copo conta-gotas é relativamente eficaz, por propiciar a lubrificação e a remoção de material particulado sólido abrasivo (limpeza) continuadas das correntes, reduzindo assim a necessidade das constantes e, nem sempre possíveis, intervenções do mecânico-lubrificador, como no caso da lubrificação manual com pincel ou almotolia. Existem no mercado copos conta-gotas de variadas capacidades volumétricas, que possibilitam a reposição programada do óleo lubrificante com o maquinário em operação, obviamente levando-se em conta questões de segurança, de forma a disponibilizar a lubrificação e a limpeza contínua das correntes.

A lubrificação por copo conta-gotas tem o benefício adicional de se poder ajustar a quantidade despachada de lubrificante, através de parafuso de ajuste, conforme a condição de serviço, e pode ser bem utilizado em equipamentos com regime de operação contínuo ou intermitente.

COPO COM MECHA OU COPO LUBRIFICADOR COM ESCOVA

Estes métodos proporcionam lubrificação e remoção de material particulado sólido abrasivo (limpeza) das correntes de forma contínua, apresentando o inconveniente, porém, de não ser possível efetuar a regulagem do fluxo de óleo lubrificante e a interrupção da lubrificação quando da paralisação do maquinário, sendo necessário um monitoramento mais frequente do nível de óleo lubrificante. Este método de lubrificação tem maior aplicação em maquinários com regime de operação contínuo.

LUBRIFICAÇÃO POR BANHO DE ÓLEO

Neste método, os pinos e as buchas das correntes são lubrificados de forma eficaz e contínua por óleo lubrificante contido em cárter, havendo, também, menor deposição de material particulado sólido abrasivo (limpeza), apresentando boa aplicação em maquinários com regime de operação contínuo ou intermitente.

SISTEMA AUTOMATIZADO

Conforme a necessidade de confiabilidade e disponibilidade do maquinário, a lubrificação de correntes pode ser realizada por meio sistema de lubrificação automatizado. Este método é bastante eficiente, visto dar ao mecânico-lubrificador mais tempo para outras atividades necessárias. A lubrificação de correntes por sistema de lubrificação automatizado necessita, porém, de maiores investimentos em componentes e estudos técnicos mais detalhados. Como exemplo, podemos citar bomba de óleo lubrificante, sistema de temporização do fluxo de óleo lubrificante etc.

A recomendação para lubrificação de correntes de acionamento de equipamentos móveis ou industriais é que o processo deve ser realizado de forma contínua e regular, de maneira que a película lubrificante possa ser satisfatória entre os pinos e as buchas e haja a mínima deposição de material particulado sólido abrasivo (limpeza). Fato é que a lubrificação de correntes em maquinários móveis e industriais muitas vezes é negligenciada, sendo o maior custo não o da corrente em si, mas o do maquinário indisponível. Vale a pena pensar sobre esta questão, muitas vezes de fácil resolução.

Lubrificação manual por almotolia ou pincel
Lubrificação manual por almotolia ou pincel.
Correntes, muitas vezes, operam em ambientes com poeira e umidade
Correntes, muitas vezes, operam em ambientes com poeira e umidade.
Banho de óleo: pinos e buchas bem lubrificados e limpos
Banho de óleo: pinos e buchas bem lubrificados e limpos.
Copo conta-gotas com ajuste de fluxo
Copo conta-gotas com ajuste de fluxo.
Copo com mecha e lubrificador com escova
Copo com mecha e lubrificador com escova.

Marcos Lobo, Petrobras

Fonte: Grupo Cultivar 

8 de agosto é o Dia do Produtor Rural Sergipano

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