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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Importação de sementes e mudas deve atender a requisitos estabelecidos pelo Mapa

 

A aquisição de sementes ou mudas que não atendem às regras estabelecidas pelo Mapa pode resultar na introdução de pragas que ainda não estejam presentes no país.

Nas últimas semanas, brasileiros de diversos estados vêm recebendo pacotes de sementes não solicitadas, originários de países asiáticos. A orientação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é que as pessoas não abram os pacotes e entrem em contato com a Superintendência Federal de Agricultura de seu estado ou o órgão estadual de defesa agropecuária para providenciar a entrega ou recolhimento do material. 

A importação de material de propagação vegetal, incluindo sementes e mudas, é controlada pelo Mapa e deve atender a requisitos de fitossanidade, qualidade e identidade. As regras estabelecidas pelo Mapa se aplicam para qualquer modalidade de compra e aquisição, incluído a compra eletrônica com entrega via remessa postal. 

É autorizada a importação de material de propagação vegetal somente das origens para as quais o Brasil já tenha estabelecido exigências fitossanitárias que devem ser atendidas. A lista de materiais de propagação vegetal e origens com importação autorizada, bem como os requisitos a serem cumpridos pode ser consultada no site do Mapa 

Somente poderão ser importados materiais de propagação de espécies ou de cultivares inscritas no Registro Nacional de Cultivares (RNC). A lista de espécies e cultivares registradas no Brasil também está disponível

Pessoas físicas ou jurídicas que pretendem importar material de propagação devem estar inscritas no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM). Estão isentos desse registro as pessoas físicas e jurídicas que pretendem importar para uso próprio em sua propriedade ou em propriedade que detenham a posse, devendo, entretanto, atender às mesmas exigências para importação que dizem respeito à origem e espécies autorizadas, bem como requisitos a serem cumpridos.

Operação de importação

Os interessados que pretendem importar material de propagação, desde que atendam aos requisitos citados acima, deverão solicitar a autorização prévia de importação (antes de realizar a compra no exterior) no serviço técnico na Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do seu estado.  

Para solicitar a autorização para importação o interessado deverá apresentar as informações previstas na Instrução Normativa MAPA nº 25, de 27 de junho de 2017.  

Se a importação for autorizada pelo Mapa, o interessado deverá exigir que o exportador atenda às regras estabelecidas pelo Brasil, o que significa que o produto deve vir acompanhado de Certificação Fitossanitária emitida pelas autoridades fitossanitárias do país exportador e dos Boletins de Análises que garantam a qualidade do produto. 

Quando o produto chegar no Brasil, o Mapa realizará a fiscalização nos pontos de ingresso para verificação do cumprimento dos requisitos fitossanitários e de qualidade. Somente os produtos que atenderem à legislação brasileira serão autorizados a ingressar no Brasil. 

Os produtos que não atendam aos requisitos fitossanitários e de qualidade serão devolvidos à origem, quando possível, ou destruídos pelo Mapa. 

Saiba mais sobre a legislação aplicada à importação e comercialização de material de propagação, acessando o site do Mapa.  

Consequências 

A aquisição de sementes ou mudas que não atendem às regras estabelecidas pelo Mapa pode resultar na introdução de pragas que ainda não estejam presentes no país, podendo causar danos irreversíveis à agricultura nacional. 

A introdução de uma praga e sua disseminação no país, além de ser tipificada como crime ambiental, nos termos do art. 61, da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, pode trazer quedas na produção, comprometer a disponibilidade de alimentos, provocar o aumento dos preços dos alimentos à população, e inclusive provocar a eliminação de postos de emprego em toda a cadeia produtiva. 

Para exemplificar o impacto que a introdução de uma nova praga no país pode causar podemos citar a introdução da praga “vassoura de bruxa” nas lavouras de cacau do sul da Bahia em 1989, que dizimou todo o setor produtivo e a economia da região. Por causa dessa praga, o Brasil passou de exportador para importador de cacau.

Fonte: Grupo Cultivar

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Pesquisa irá criar biodefensivos de uso tópico para controle de daninhas, pragas e doenças

 

Produto será criado a partir da tecnologia do RNA interferente, a mesma utilizada em vacinas contra o Coronavírus. - Foto: Arquivo Sempre

A Embrapa Agroenergia, a empresa Sempre e a Embrapii iniciaram pesquisas para o desenvolvimento de biodefensivos de uso tópico que prometem estimular o mecanismo de defesa da própria planta contra o ataque de pragas e patógenos. A estratégia, conhecida como RNA interferente (RNAi), será desenvolvida em parceria com a Embrapa Soja, Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Mandioca e Fruticultura.

A tecnologia do RNA interferente é um mecanismo natural responsável pelo silenciamento gênico que atua sobre o RNA mensageiro (mRNA). Nesse mecanismo está envolvida uma molécula de RNA dupla fita (dsRNA – double stranded RNA) que, ao ser reconhecida por complexos proteicos específicos no citoplasma do organismo-alvo, ocasiona a degradação do mRNA e/ou a inibição da tradução. Para uso agrícola, essa tecnologia é programada para inativar genes específicos em plantas daninhas, insetos-praga e doenças, associados a processos essenciais à sua sobrevivência. 

“Vamos desenvolver moléculas de RNA dupla fita com especificidade à praga ou ao patógeno, embarcando tecnologia de delivery da molécula”, explica Hugo Molinari, pesquisador da Embrapa Agroenergia e líder do projeto.

Fernando Prezzotto, presidente da Sempre, afirma que muitas vezes o agricultor é acusado injustamente de usar agroquímicos, poluir o lençol freático e matar espécies não alvo. “Em toda a minha vivência junto a agricultores, distribuidores e cooperativas, nunca vi um produtor com vontade de aplicar veneno. O que o agricultor quer e precisa é proteger a sua plantação do ataque de insetos, fungos e demais pragas que podem afetar a produtividade”, diz Prezzotto.

Para isso, o agricultor utiliza o que há de melhor disponível no mercado. “Até o momento os produtores só tinham os defensivos como ‘carta na manga’. Mas estamos iniciando uma revolução na qual as incríveis possibilidades proporcionadas pela moderna biologia logo estarão disponíveis”, prevê o executivo da Sempre.

Fazendo uma comparação, a técnica que será utilizada mimetiza o próprio sistema de defesa das plantas, que, ao serem atacadas, produzem substâncias químicas para tentar inativar o inimigo. “Quando a planta entra em contato com um vírus, por exemplo, ela age imediatamente para degradar o material genético inserido pelo corpo estranho, tentando bloquear a doença com o seu próprio sistema de defesa”, explica o pesquisador Hugo Molinari. “Plantas e microrganismos possuem esse mecanismo, principalmente contra o ataque  de vírus”, complementa.

Para entender mais sobre a tecnologia de RNAi, assista o vídeo “Interferência por RNA: uma nova alternativa para terapia nas doenças reumáticas”.

 
Soja, milho e algodão são o foco 

A pesquisa tem como principal foco desenvolver biodefensivos que possam ser utilizados nas principais culturas brasileiras: soja, milho e algodão. “Nosso projeto tem como objetivo desenvolver biomoléculas (dsRNAs) para aplicação exógena (tópica), ou seja, para pulverizar o produto em plantas ou patógenos”, conta Molinari. O organismo já pulverizado reconheceria a molécula e imediatamente desligaria o alvo. “A forma de aplicação e uso da técnica é inovadora no mercado. Simulamos um defensivo agrícola, mas sem modificação genética e nenhuma toxicidade”, complementa o pesquisador. 
 
Os biodefensivos “eco friendly” deverão chegar ao mercado em breve. “A equipe técnica já começou a trabalhar nas diferentes frentes, reunindo material biológico dos organismos-alvo”, conta Molinari. A equipe responsável pelo projeto é multidisciplinar e conta com agrônomos, biólogos, farmacêuticos e especialistas em bioinformática e nanotecnologia. 
 
“Em um futuro próximo, entregaremos ao agricultor uma tecnologia que não polui, é atóxica ao ser humano e a outras espécies que não são o alvo do produto e que não irá aumentar o custo de produção. Por esse motivo ficamos felizes em celebrar esta parceria com a Embrapa Agroenergia e criar em conjunto tecnologias de ponta que vão impactar positivamente a vida do agricultor e o meio ambiente”, comemora o presidente da Sempre.
 
Vale lembrar que o feijão transgênico, aprovado desde 2011 pela CTNBio, desenvolvido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia para o controle do vírus do mosaico dourado, também utilizou a técnica de RNAi.

Técnica é a mesma utilizada em vacinas contra a Covid-19

 A técnica de silenciamento gênico por RNAi já é conhecida desde 2006, ano em que os pesquisadores norte-americanos Andrew Z. Fire e Craig C. Mello ganharam o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia pela compreensão do mecanismo
 
A vacina experimental contra o SARS-CoV-2 (Covid-19) desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e produzida pela farmacêutica AstraZeneca, utiliza a mesma técnica. A AZD 1222 lança mão do RNAm de um outro vírus respiratório, um adenovírus (que infecta chimpanzés), para inativá-lo com procedimentos de engenharia genética. O vírus inativado, ou “vetor viral”, entra nas células humanas e não consegue se replicar, levando apenas o código para a produção de antígenos pelo corpo humano, código esse que, acredita-se, pode ser útil para combater a Covid-19. 
 
Outra vacina, a norte-americana BNT 162, da empresa Pfizer-Wyeth, também utiliza tecnologia com RNA antiviral. Ambas estão na fase de testes em humanos no Brasil. 
 
 Fonte: Grupo Cultivar 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Resistente à seca, sorgo é opção para o Nordeste

 

Na fazenda Tijuca, Ceará, são cultivadas lavouras de sorgo silageiro BRS Ponta Negra e de sorgo granífero BRS 373 - Foto: Alberto Pereira Lima

O sorgo está entre os cereais mais plantados no globo, destacando-se por sua maior tolerância ao estresse hídrico quando comparado a outras culturas. Geralmente, o cultivo deste grão é realizado em épocas mais tardias, em que o volume de chuvas esperado não é suficiente para a cultura do milho.

Por ser mais resistente à falta de chuva, o sorgo é uma das culturas recomendadas para a região Nordeste do Brasil. O pesquisador Cícero Beserra de Menezes, da Embrapa Milho e Sorgo, ressalta os benefícios dessa cultura e diz por que ela é uma das mais resistente ao déficit hídrico.

 “O sorgo está entre os cereais mais tolerantes à seca, junto com o milheto, podendo se adaptar plenamente no Nordeste. Este cereal é oriundo da África, de um clima bem semelhante, ou até mais drástico, do que o semiárido nordestino. O sorgo possui mecanismos de tolerância à seca, como o sistema radicular mais profundo e ramificado, o que o torna mais eficiente na extração de água do solo”, relata.

“A tolerância está relacionada à fisiologia da planta, em que ela diminui seu metabolismo, murcha e enrola a folha em condições de seca, e depois recupera o estado normal quando a umidade retorna ao solo. O sorgo também possui uma substância cerosa na junção entre a bainha e o limbo foliar, o que o leva a perder menos água durante a transpiração, resultando em maior economia, principalmente em condições de estresse hídrico. Tanto o sorgo granífero quanto o silageiro possuem estas caraterísticas”, explica Menezes.  

Experiência no campo

A experiência no campo comprova as qualidades de duas cultivares de sorgo e a resistência da cultura ao déficit hídrico. Na Fazenda Tijuca, localizada em Beberibe, município do Ceará, são cultivadas lavouras de sorgo silageiro BRS Ponta Negra e de sorgo granífero BRS 373. O sorgo BRS 373 é cultivado em consórcio com a lavoura de caju.  E o Ponta Negra é utilizado para silagem, que alimenta o gado de leite.

Na fazenda, os trabalhos são coordenados pelos agricultores Adalberto Pereira Lima e Arthur Nilson dos Santos. “As tecnologias BRS desenvolvidas na Embrapa Milho e Sorgo contribuem para o desenvolvimento regional”, diz Lima.

O engenheiro agrônomo Sinval Resende Lopes, do setor de Transferência de Tecnologias da Embrapa Milho e Sorgo, acompanhou as atividades realizadas na Fazenda Tijuca. “Em uma visita fizemos a análise de impacto econômico, social e ambiental das tecnologias BRS em ambiente produtivo. É a Embrapa trabalhando com inteligência competitiva, estabelecendo parcerias com o setor privado e o setor produtivo para garantir o abastecimento mesmo em tempos de pandemia”, disse.

Uma das atividades da Tijuca consiste no consórcio do cajueiro anão em cultivo orgânico com o sorgo BRS 373. A área cultivada é de 350 hectares. O controle biológico de pragas é realizado por meio da tecnologia do biopesticidas à base da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt).

Além da produção de castanha e do aproveitamento do caju (pedúnculo) para a produção de suco, a área de 350 ha, em integração, viabiliza a produção de grãos e de forragem para a suplementação do rebanho leiteiro. São produzidos sete mil litros de leite por dia.

Em outra lavoura da propriedade é feito o cultivo exclusivo do Sorgo BRS Ponta Negra, em uma área de 400 hectares. Nessa área, também é utilizado o Bt para controle de pragas.

Controle biológico de pragas 

 O Bacillus thuringiensis (Bt) e o biopesticida à base do vírus baculovírus são tecnologias utilizadas para o controle biológico de pragas, principalmente para conter a lagarta-do-cartucho (Spodoptera-frugiperda). Essa lagarta ataca grandes culturas, incluindo o algodão, o milho, a soja, o sorgo.

“Esses produtos biológicos à base de Bt e/ou baculovírus são eficientes e matam as lagartas menores. Um fator decisivo para o sucesso desses produtos é o posicionamento deles em relação ao aparecimento da praga”, explica o pesquisador Fernando Hercos Valicente, responsável pela tecnologia, da Embrapa Milho e Sorgo.

Manejo e cuidados com a lavoura

Para escolher uma cultivar mais adequada, o agricultor deve definir o objetivo da lavoura. “No caso de sorgo granífero, as cultivares plantadas no Sudeste podem também ser usadas no Nordeste, como o BRS 373 e o BRS 330. O ciclo vai reduzir um pouco, mas isso é até vantagem. Pequenos produtores devem prestar atenção ao ataque de pássaros, similar ao que ele já faz com a lavoura de arroz”, comenta o pesquisador Cícero Menezes .

“Já no caso de sorgo forrageiro, o produtor deve procurar cultivares que tenham menor suscetibilidade ao fotoperíodo, como as cultivares Ponta Negra e IPA 1011. No Nordeste, os híbridos desenvolvidos para o Sudeste irão apresentar planta mais baixa, resultando em menor produção de massa verde, mas em compensação eles podem produzir panículas maiores, resultando em mais grãos, o que melhora a qualidade da silagem. O híbrido BRS 658 plantado em Sobral-CE apresentou essas características, e também se mostrou mais uniforme, o que facilita acertar o ponto certo de colheita”, diz Menezes.

Segundo ele, a grande vantagem do sorgo em relação ao milho é sua maior tolerância à seca. “Mas, para se obter altas produtividades, são necessários os mesmos cuidados tomados para outras culturas, como correção de solo, adubação, manejo de doenças e pragas e controle de plantas daninhas. A adubação aumenta a produtividade do sorgo e torna a planta ainda mais tolerante à seca”, recomenda.

“Outro cuidado especial que o produtor de sorgo precisa ter é a profundidade de semeadura das sementes, por ela ser menor que a do milho e a da soja. A profundidade certa deve ser de três centímetros, indo até cinco centímetros, se for em solo arenoso”, explica Menezes.

Ele ressalta que desde a safra 2018/2019 vem ocorrendo no Brasil o pulgão-da-cana-de-açúcar (Melanaphis sacchari). “Pedimos aos produtores que monitorem semanalmente suas lavouras, pois, se manejado cedo, o pulgão é fácil de ser controlado, mas se ele se multiplicar muito pode destruir a lavoura totalmente”, orienta Menezes.

Produção e comercialização de sementes

A genética Embrapa chega aos agricultores por meio das sementes. “Elas são produzidas e comercializadas por produtores especializados, licenciados pela Embrapa e devidamente inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para essa atividade”, informa o engenheiro agrônomo Reginaldo Resende Coelho, da Secretaria de Inovação e Negócios da Embrapa. “Na safra inverno 2020, para a cultivar BRS Ponta Negra, foram inscritos 526 ha no Ministério da Agricultura para a produção de sementes, com estimativa de produção 1.300 toneladas. E para o BRS 373, a área de produção de sementes foi de 233 ha, com estimativa de produção de 550 toneladas”, diz Coelho.

Para acessar a relação de licenciados da Embrapa para produção e comercialização de sementes das cultivares BRS Ponta Negra e BRS 373, clique nos links:

Sorgo BRS Ponta Negra

 Sorgo BRS 373 

Fonte: Grupo Cultivar 


segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Cidasc alerta produtores sobre pacotes de sementes recebidos da China

 

A Cidasc alerta a população de Santa Catarina, especialmente produtores rurais, sobre pacotes de sementes recebidos pelos correios, provenientes da China. - Foto: Gabriel Zapella

A Cidasc alerta a população de Santa Catarina, especialmente produtores rurais, sobre pacotes de sementes recebidos pelos correios, provenientes da China. Estas sementes, não solicitadas, estão sendo endereçadas à cidadãos comuns, em pequenos pacotes atrelados à compra realizada, como se fossem um brinde. Em alguns casos, até mesmo pessoas que não tenham solicitado qualquer mercadoria daquele País recebem estas embalagens. O conteúdo destes pacotes são sementes de diferentes espécies vegetais não identificadas.

Tais pacotes, não vem corretamente identificados, alguns  inclusive, descrevendo o conteúdo como “jóias”, mas que contêm as sementes. Além disto, as embalagens possuem ainda identificação, supostamente, com caracteres chineses.

A orientação da Cidasc é para que, caso o cidadão não tenha feito nenhuma compra, mas tenha recebido um pacote suspeito não abra, não semeie e não jogue no lixo. Leve-o até um escritório da Cidasc ou do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, mais próximo para que sejam recolhidas. Também está disponível para contato os telefones 0800-644-6510 ou (48) 3665 7300 (WhatsApp), do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal do estado, onde a pessoa poderá solicitar orientações adequadas.

Apesar de parecerem inofensivas, estas sementes clandestinas podem estar contaminadas e disseminar pragas e doenças e, assim, causarem sérios prejuízos econômicos e danos do ponto de vista da defesa sanitária vegetal, tal como vivenciamos atualmente com a pandemia por Covid-19.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, órgão que fiscaliza a entrada de material de multiplicação vegetal sem importação autorizada no Brasil, também já fez um alerta aos  cidadãos para que tenham cuidado e não abram pacotes e encomendas que chegarem às suas residências, sem conhecimento. 

De acordo com a legislação brasileira, todo material de multiplicação vegetal, é considerado semente ou muda e a importação de qualquer quantidade destes produtos deve ter autorização do MAPA, mediante solicitação do interessado pela compra.

Em Santa Catarina, a Cidasc é o órgão estadual responsável pela Defesa sanitária vegetal e que através de um trabalho estratégico e sistemático de monitoramento, vigilância, inspeção e fiscalização da produção e do comércio de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal veiculadores de pragas, protege o patrimônio agrícola e garante a sólida condição sócio-econômica do Estado de Santa Catarina. 

Risco da utilização de sementes ilegais

– Plantas Daninhas: introdução de alguma espécie  vegetal sem ocorrência no Brasil, o que pode dificultar o controle da mesma e/ou aumentar o uso de agrotóxicos, afetando a produtividade agrícola e pecuária, além dos riscos ao ambiente.

– Insetos: sementes podem ser disseminadoras de insetos praga, comprometendo a produtividade de lavouras e aumentando o custo produção.

– Fungos, Bactérias e Vírus: sementes sem procedência podem vir contaminadas e tornam-se vetores de grandes epidemias de doenças no campo e, consequentemente, a perda de produtividade e o aumento do custo da produção.

Primeiro relato em Santa Catarina

O primeiro caso de recebimento deste tipo de embalagem no estado de Santa Catarina foi registrado em Jaraguá do Sul. A pessoa realizou a compra de um objeto de decoração através da internet e ao receber a encomenda, recebeu também outro pacote contendo duas embalagens com as sementes clandestinas.

Já ciente desta ação em outros países, o cidadão procurou a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural – SAR, que, por sua vez, acionou a Cidasc para realizar o recolhimento das referidas sementes e o encaminhamento das mesmas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. 

Pelo Mundo

Vários países da União Européia e também os Estados Unidos da América já registraram os recebimentos de pacotes de sementes não solicitados provenientes de países asiáticos.

Ainda não há evidências de quando começaram os envios tampouco o volume de encomendas já distribuídas.

Em julho, agricultores dos EUA relataram o recebimento de embalagens de sementes não solicitados vindos da China. “Neste momento não temos informações suficientes para saber se isso é uma farsa, brincadeira, fraude ou ato de bioterrorismo agrícola”, declarou o comissário da Agricultura do estado do Kentucky(EUA), Ryan Quarles. 

As autoridades dos EUA dizem que existe a possibilidade de vendedores chineses estarem usando dados e endereços de consumidores americanos que efetuam compras pela internet para fazer vendas falsas, e assim, aumentar a classificação positiva dos seus produtos em sites de compra e venda.

O Ministério de Agricultura de Portugal, também emitiu um alerta  sobre os sérios riscos que estas embalagens com sementes, provenientes de países Asiáticos, podem acarretar do ponto de vista da sanidade vegetal, pela possibilidade de veicularem pragas e doenças ou ainda pelo perigo de se tratarem de espécies nocivas ou invasoras.

Fonte: Grupo Cultivar 

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