Mostrando postagens com marcador Mulheres no Agro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mulheres no Agro. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Após começar do zero, agricultora se torna referência no cultivo de goiabas e limões

 Com auxílio do programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, Rosa Maria Sales possui mais de 2 hectares destinados ao plantio de frutas

Empreendedora rural Rosa Maria Sales
Foto: Famasul

A empreendedora rural Rosa Maria Sales se tornou uma referência na produção de frutas, no município de Terenos, em Mato Grosso do Sul. Atendida pela ATeG (Assistência Técnica e Gerencial), programa criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em 2013, ela afirma que começou a produzir do zero, sem nenhum conhecimento prévio de manejo e gestão e, após dois anos, comemora o sucesso que suas goiabas e limões fazem entre os consumidores.

“Quando iniciei um curso sobre hortaliças, eu queria uma renda recorrente, mensal. Foi quando um consultor do Senar sugeriu que eu plantasse frutas. Iniciamos em 2018 com 100 mudas de goiaba, 100 de manga e 100 de limão taiti, em 1 hectare. No ano seguinte, ficamos tão satisfeitos com os resultados e compramos mais 100 de limão e 100 de goiaba e já totalizamos 2 hectares com frutas”, relata Rosa.

De acordo com a produtora, o Senar ofereceu todo tipo de orientação, desde análise da terra, como adquirir mudas, plantio, irrigação e manejo, e as vendas da primeira colheita chamaram atenção pela grande procura dos consumidores.

“Você passa a acompanhar o desempenho das frutas, sua evolução, o crescimento, a qualidade. Daí veio o interesse em adquirir mais frutas, principalmente goiaba. Muita gente nos procura e vem até a propriedade buscar as goiabas. Ficamos muito felizes pela boa aceitação e pelo sucesso”, ressalta.

Para Rosa, a continuidade da atividade se dá pela atuação constante dos técnicos do Senar/MS em sua propriedade. “A gestão dos consultores é essencial e estimula a gente nessa área. O pessoal está sempre aqui, então faz parte da minha vida, o Senar é minha família. Transformou e está transformando a minha vida. Eu nunca imaginei trabalhar com o agro. Comecei do zero. Só tenho a agradecer a toda equipe”, finaliza.

Fonte: Canal Rural


quarta-feira, 29 de julho de 2020

Ministra Tereza Cristina participa do lançamento da campanha Mulheres Rurais, mulheres com diretos

A proposta da campanha é dar visibilidade às mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes que vivem e trabalham em um contexto desigualdades estruturais e desafios sociais, econômicos e ambientais
mulheres iStock-1169664244.jpg

A 5º edição da campanha #Mulheres Rurais, mulheres com direitos será lançada nesta quarta-feira (29), no Palácio do Planalto, às 16h, com as presenças do presidente Jair Bolsonaro, da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e das ministras Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Damares Alves (Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), e do representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Rafael Zavala. 

A campanha é uma iniciativa conjunta, de âmbito internacional e intersetorial, promovida pela FAO, com a colaboração de diversas instituições e entidades governamentais, além de organizações da sociedade civil e entidades privadas de toda a América Latina que buscam reconhecer a liderança, as capacidades e as necessidades das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes da região.  

A proposta da campanha é dar visibilidade às mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes que vivem e trabalham em um contexto desigualdades estruturais e desafios sociais, econômicos e ambientais, agravado pelo impacto da pandemia de Covid-19 na América Latina e Caribe. 

Desafios 

Segundo a FAO, atualmente 60 milhões de mulheres vivem em zonais rurais da América Latina e do Caribe e parte delas têm papel central na produção e abastecimento de alimentos. No entanto, muitas delas enfrentam sérias limitações para acessar recursos produtivos, como terra, água, insumos agrícolas, financiamento, seguro e treinamento, além de várias barreiras para colocar seus produtos no mercado. 

“Essa campanha é de valorização das mulheres produtoras rurais. É preciso somar forças para que juntos – governo federal, FAO e organizações parceiras – sejamos capazes de transformar esse cenário de desigualdades sociais e econômicas em relação à mulher trabalhadora no campo”, afirmou a ministra Tereza Cristina. 

Além disso, grande parte dessas mulheres trabalha informalmente, dispõe de poucas redes de apoio. E, mesmo com a pandemia da Covid -19, não pararam de trabalhar para responder à demanda por alimentos nas cidades e comunidades rurais, assim como a necessidade de alimentar suas próprias famílias. 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de mulheres dirigindo propriedades rurais no Brasil é pequeno. Dos 5,07 milhões de desses estabelecimentos, quase 1 milhão contam com mulheres rurais à frente, o que representa apenas 19% do total, segundo o Censo Agropecuário de 2017. 

A maioria está na região Nordeste (57%), seguida pelo Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste, que concentra apenas 6% do universo de mulheres dirigentes. Os dados foram obtidos a partir de um trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o IBGE. De acordo com a pesquisa, juntas, elas administram cerca de 30 milhões de hectares, o que corresponde apenas a 8,5% da área total ocupada pelos estabelecimentos rurais no país. 

Histórico

No Brasil, a campanha #Mulheres Rurais começou em 2015 como uma iniciativa para dar visibilidade ao trabalho da mulher rural. O lema da primeira campanha foi “Sou trabalhadora rural, não sou ajudante”. A partir de 2016, a campanha se estendeu para a América Latina e o Caribe e incluiu o tema dos direitos relacionados à igualdade de gênero, principalmente o combate à violência.

A edição deste ano quer dar visibilidade também às mulheres como guardiãs e promotoras do desenvolvimento, seguindo o princípio da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Da mesma forma, busca unir esforços e continuar avançando na implementação de políticas públicas e privadas coordenadas e intersetoriais que reconheçam e atuem nos desafios enfrentados pelas mulheres rurais, colocando-as no centro das estratégias de desenvolvimento sustentável.

No Brasil, a organização da campanha está a cargo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que atuará em conjunto com o gabinete da primeira-dama e com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Entre as ações que integram a campanha estão a identificação e difusão de experiências e conhecimentos sobre o poder transformador das mulheres rurais, indígenas e afrodescendentes, e a realização de concurso, seminários e oficinas que levem até as mulheres do campo o conhecimento de direitos e políticas públicas ao seu alcance.

Fonte: MAPA

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Gestão inovadora marca a trajetória de Embaixadora do Prêmio Mulheres do Agro

Embaixadora da terceira edição do Prêmio, Carla Rossato transformou a produção de sua fazenda na região de Santa Mariana (PR) com inovação.



Primeiro lugar no Prêmio Mulheres do Agro 2019 na categoria Grandes Propriedades e, em 2020, embaixadora da iniciativa, Carla Sanches Rossato tornou-se referência entre as produtoras rurais paranaenses. Desde a infância, amava ir para a fazenda da família agropecuarista. Essa paixão continuou durante a faculdade, quando ela cursou medicina veterinária e, então, decidiu seguir os mesmos passos do pai. "Sempre tive verdadeira paixão pela vida rural e nunca me vi fazendo outra coisa. Minha mãe dizia que eu não fui criada na barra da saia de mãe e, sim, na barra da calça do pai", lembra Carla.

Assim, movida pela vontade de seguir a sua família, Carla acabou assumindo inteiramente a administração dos negócios, que hoje envolvem quatro fazendas na região de Sertaneja e Santa Mariana (PR). Ao todo, as propriedades produzem com milho, soja e gado. "Meu pai continua ligado ao trabalho no campo, mas, antes, eu o acompanhava. Agora, é ele que me acompanha", resume Carla.

Em 2000, quando a família adquiriu a última fazenda, em Icaraíma (PR), Carla foi tomando a frente do negócio e colocou em prática um modelo de gestão mais inovador. "A propriedade era agrícola e a transformei em pecuária, mas uma pecuária moderna. Tudo com piquete, rotacionado, com análise de terra e adubação. Os pastos eram divididos no formato de pizza, com praça de alimentação central e fazíamos correção do solo. Todo o gado era rastreado e certificado pelo Ministério da Agricultura. Eu tenho sede de aprender, acho que a gente nunca sabe tudo e sempre dá para melhorar".

Para milho e soja, Carla também se destaca na agricultura de precisão: "Faço análise de solo e correção com taxa variável, de acordo com a necessidade específica de cada área, e todas as minhas colheitadeiras têm mapa de produção que informa o que o lote está produzindo. Quando acaba a safra, eu vou conferir se a produção realmente está batendo com o mapa de análise de solo, para ver onde se produziu menos e se houve algum erro de manejo", explica.

Ser mulher no agro

Ao mesmo tempo em que assumia a gestão da fazenda, Carla participava das reuniões de entidades de classe, cooperativas e cerealistas. "Todo mundo foi se acostumando com a minha presença", lembra. Com esse comportamento, começou a se destacar entre as produtoras rurais paranaenses e, quase sem perceber, tornou-se uma referência: "Gosto muito de passar o meu conhecimento, de ajudar e compartilhar. Sempre faço dias de campo nas minhas propriedades para mostrar a elas o que dá certo e o que não dá. Gosto de incentivar e encorajar essas mulheres, para mostrar que elas são capazes, que elas podem e que a situação mudou muito".

Por sua gestão inovadora, Carla também se destacou e foi vencedora do Prêmio Mulheres do Agro em 2019, ocupando o primeiro lugar da categoria grande propriedade. "O mais bonito foi ver o apoio das minhas amigas que foram comigo à entrega da premiação. Elas diziam que eu ia ganhar, mas, para mim, só de ter uma história para inscrever em um prêmio desses já era uma vitória. Eu amo o que eu faço. E a partir do momento em que seu trabalho é reconhecido, tudo fica prazeroso e nada é desgastante."

A terceira edição do prêmio está com inscrições abertas até o dia 15 de setembro de 2020 no site. Carla terá participação especial no concurso, sendo uma das embaixadoras, que vai estimular a participação de outras agropecuaristas na premiação. "Hoje eu vejo a importância de levar conhecimento e apoiar outras produtoras. A troca de informações nos ajuda muito a evoluir", finaliza ela.

Fonte: Grupo Cultivar 


quinta-feira, 21 de maio de 2020

O empoderamento da mulher rural

Menos de 20% dos empreendimentos do agronegócio brasileiros estão em mãos femininas, mas elas querem chegar bem mais longe

Não é uma conquista fácil, os desafios são complicados e ainda há muito a avançar, mas, passo a passo, a participação feminina no agronegócio começa a ganhar mais espaço e relevância. Dados do último Censo Agropecuário do IBGE mostram que 19% dos empreendimentos rurais do país são dirigidos por mulheres, o que parece insuficiente, principalmente quando se considera que elas produzem entre 70% e 80% dos alimentos consumidos no país. Mas o raciocínio muda com a constatação de que em 2006 a proporção de mulheres à frente de negócios no agro era de apenas 12% – o que significa um salto de 7% em pouco mais de uma década.
O empoderamento da mulher rural
Nesse ritmo, é possível imaginar que, em algum tempo, se chegará ao tão desejado equilíbrio e ao fim de algumas injustiças evidentes. Ainda segundo o IBGE, cerca de 15 milhões de brasileiras vivem em áreas rurais, quase metade (47,5%) do total da população do campo, e entre essas mais de 5,5 milhões são economicamente ativas. Porém, 30% delas não têm rendimento, uma parcela semelhante ganha entre meio e um salário mínimo e só 3% completaram 15 ou mais anos de estudo.
Não faltam esforços para mudar essa situação, a começar pelas iniciativas destinadas a dar mais visibilidade à presença feminina no campo, com destaque para o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), cuja quarta edição se realiza nos dias 8 e 9 de outubro no Transamérica Expo Center, na capital de São Paulo. No evento, serão homenageadas as vencedoras do 2º Prêmio Mulheres do Agro, idealizado e patrocinado pela Bayer e realizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), para mostrar à sociedade a relevância da mulher rural.
“Queremos que cada vez mais mulheres sejam protagonistas do setor agropecuário. É muito importante para a Bayer disseminar as boas práticas e ainda reconhecer a contribuição dessas mulheres para o agronegócio brasileiro”, explicou Gerhard Bohne, diretor da divisão Crop Science da Bayer no Brasil.
Além dessas iniciativas, merece destaque a campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, de alcance internacional, organizada no Brasil pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Neste ano, o tema da campanha é “Pensar em igualdade, construir com inteligência e inovar para mudar”, com a meta de destacar o poder transformador das mulheres rurais da América Latina e do Caribe e sua contribuição para a superarão dos desafios estabelecidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Não se esperam mudanças radicais de uma hora para a outra, pois as injustiças sociais e econômicas, o preconceito e a discriminação de gênero têm raízes históricas, consolidadas em um setor que sempre foi predominantemente masculino. O resultado dessas e de várias outras iniciativas deverá surgir no médio e no longo prazo, pois se trata de uma questão de conquista de espaço e de direitos, de empoderamento feminino, de inclusão e igualdade.
“Os números não negam. As mulheres estão cada vez mais presentes no agronegócio, exercendo funções estratégicas, e são responsáveis pela tomada de decisões que impactam diretamente o setor no Brasil”, lembra Renata Camargo, que participa da organização do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio.
Fonte: MUNDO AGRO

8 de agosto é o Dia do Produtor Rural Sergipano

  Por Shis Vitória/Agência de Notícias Alese Pensando na importância que o agronegócio possui na cadeia produtiva e pela ligação com vários ...