terça-feira, 8 de setembro de 2020

O prejuízo pode ser enorme se houver erros na hora de fazer a recomendação de um herbicida para o controle de plantas daninhas

 

Nem sempre o produto mais barato será o mais eficiente para que a área feche no limpo. Foto: Leonardo Ruiz

Uma área bastante afetada com 10 a 12 plantas daninhas por metro quadrado, por exemplo, pode ter perdas que chegam a 85%

O portfólio de plantas daninhas que infestam os canaviais brasileiros é imenso. Tiririca, Grama-Seda, Brachiárias, Corda-de-viola, Capim Marmelada, Capim Colchão e Capim Camalote, Colonião, são apenas algumas das espécies que geram dor de cabeça às usinas e produtores de cana.

Caso não estejam atentos ao manejo, usinas e produtores podem ter danos significativos dependendo da magnitude da infestação. Uma área bastante afetada com 10 a 12 plantas daninhas por metro quadrado, por exemplo, pode ter perdas que chegam a 85%. A longevidade do canavial também é comprometida, levando o produtor a ter que reformar a área antecipadamente.

O tema é sério, tanto que a gestão do controle de plantas daninhas nas usinas brasileiras absorve, anualmente, cerca de R$ 500 milhões entre produtos, movimentação e venda de equipamentos, mão de obra e pulverização própria ou de terceiros.

Os herbicidas são insumos fundamentais para viabilizar a cultura canavieira. Se não houvesse a constante evolução na qualidade dos produtos e suas misturas, além do desenvolvimento de técnicas de aplicação e gestão, haveria sérios problemas para produzir cana-de-açúcar.

No início de setembro, a FMC, líder no mercado de defensivos agrícolas para cana-de-açúcar, participou da 19º edição do Herbishow – Seminário sobre o controle de plantas daninhas. Este ano, o evento, criado pelo Grupo IDEA, foi realizado em formato online devido a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).

A apresentação da FMC contou com a participação do consultor na área de herbicidas e diretor executivo da Agrocon, Marcelo Nicolai, que revelou os três principais erros cometidos pelos profissionais do setor na hora de fazer a recomendação de um herbicida para o controle de plantas daninhas: fitotoxicidade, escapes e custo.

Para ele, o correto é investir o valor necessário para ter um canavial fechando no limpo. “O mais barato não deve ser o direcionamento principal na recomendação de um herbicida, pois nem sempre o produto com o melhor custo será o ideal para aquela situação. O importante é que a planta daninha seja efetivamente controlada, que o canavial não apresente reações tóxicas que poderão comprometer seu crescimento e que não haja a necessidade de retornar a área para realizar uma catação química ou aplicação sequencial, que, aliás, poderá elevar substancialmente o custo de um tratamento inicial mais em conta.”

Fonte: Cana Online

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